O cargo de cobrador está diminuindo dentro dos ônibus em Florianópolis. Segundo dados da prefeitura da Capital, menos da metade das viagens do transporte coletivo ocorrem sem a presença do profissional nos veículos. Os números mostram que 57% dos deslocamentos são feitas sem o cobrador. Diante disto, o município criou uma comissão para estudar novas funções para os trabalhadores que até então atuam para cobrar a passagem dos usuários.
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O grupo da prefeitura terá a missão de “promover estudo técnico para avaliar a necessidade, quantidade e atribuições da função dos futuros auxiliares operacionais de transporte e mobilidade”. Serão 90 dias para que a comissão emita um parecer para que a secretaria de Mobilidade Urbana possa encaminhar as mudanças.
Com a crise gerada pela pandemia, a discussão sobre os cobradores nos ônibus foi acelerada em Florianópolis. Nos últimos anos, em todas as discussões de data-base, o assunto ressurgia, mas era deixado de lado por conta da resistência do sindicato dos trabalhadores.
A situação financeira das empresas nos últimos dois anos, entretanto, fez com que novos cobradores não fossem mais contratados. Desta forma, o posto passou a ser ocupado somente nas linhas onde há demanda de pagamento por dinheiro. E esta deve ser a tendência daqui para frente, segundo avaliação de Michel Mittmann, secretário de Mobilidade Urbana.
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Ele avalia que não haverá a extinção do cargo, mas sim uma adaptação das funções. Mittmann diz que ainda há demanda em algumas linhas e em determinados horários. A comissão montada pela prefeitura vai analisar quais funções podem ser exercidas por quem hoje trabalha como cobrador. O secretário cita, por exemplo, uma atuação como pesquisador nos terminais e pontos de ônibus sobre o sistema de transporte coletivo.
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