A Associação de Oficiais Militares Estaduais de Santa Catarina (Acors) enviou um ofício à CPI dos Respiradores, na Alesc. O documento lamenta a forma com que o relator, deputado Ivan naatz (PL) agiu durante o depoimento do secretário de Administração do Estado, Jorge Eduardo Tasca. Ele é tenente-coronel da Polícia Militar (PM-SC) e está cedido para a função.
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A entidade diz que “considera totalmente equivocada a maneira generalizada como se reportaram aos Militares Estaduais nas sessões realizadas pela Comissão”. Além de Tasca, pelo menos outros três profissionais da categoria estiveram na CPI para depoimentos, incluindo o ex-secretário de Saúde, Helton Zeferino, coronel do Corpo de Bombeiros.
Para a Acors, não se pode “aceitar que se refiram de forma pejorativa às respeitosas práticas de educação e tratamento pessoal, formas de relacionamento adotadas pelas instituições militares que, entre tantos valores democráticos, prezam pela ética, a manutenção da ordem, o respeito no uso da fala e o cordial tratamento entre as diversas classes profissionais e autoridades constituídas”. O documento ainda reclama do que a associação chama “generalização”.
A nota assinada pelo presidente da Acors, Sérgio Luís Sell, coronel da reserva da PM-SC, finaliza: “rogamos aos senhores parlamentares que mantenham foco no mais importante princípio democrático: o respeito”.
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Resposta da CPI
Em sessão na manhã desta quinta-feira, a CPI dos Respiradores respondeu ao ofício da associação dos oficiais. Primeiramente, o deputado Ivan Naatz (PL), que é relator do grupo, fez uma defesa da comissão. Segundo ele, a CPI tem adotado um comportamento “extremamente pontual” e está “orgulhando todos os catarinenses”.
– A CPI tem sido dura com todas as pessoas que passam por aqui, sempre no desejo que se escalareça a verdade.
Depois, o deputado Kennedy Nunes (PSD), afirmou que todos que se sentam na cadeira para depor na CPI são “civis e não são militares”.