Foi por volta de 20h de terça-feira (7) que ocorreu o movimento capaz de desmobilizar a greve dos trabalhadores do transporte coletivo na Grande Florianópolis. Com a assembleia da categoria marcada para as 22h, no Centro da Capital catarinense, as empresas responsáveis pelo serviço fizeram uma última proposta como a “cartada final” para evitar que os ônibus deixassem de rodar nesta quarta-feira (8), como pretendia o Sintraturb, sindicato que representa os trabalhadores.
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Durante o dia, uma reunião entre as duas partes já havia ocorrido, mas sem sucesso. A proposta enviada à noite aumentou de 12% para 15% o reajuste salarial e o acréscimo do vale-alimentação. Além disso, também fazia alterações em um dos pontos mais polêmicos, que era o pagamento da participação nos lucros, chamada de PL.
A ideia das empresas era terminar com o benefício, mas na última proposta ficou definido um adicional por produtividade. O Sintraturb, então, levou a “cartada final” das empresas para a assembleia das 22h.
Do total de trabalhadores presentes, 252 deles votaram para que a greve não ocorresse, enquanto 169 foram favoráveis à paralisação. Por conta disso, os ônibus circulam normalmente nesta quarta-feira na Grande Florianópolis.
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Pano de fundo
A crise do transporte coletivo está por trás das negociações atuais. Com dificuldades financeiras, as empresas que ofertas maiores aos trabalhadores pudessem inviabilizar as operações. Além disso, a categoria ainda faz muitas críticas ao cortes recentes nas equipes e à redução gradual dos postos de cobradores.
Por outro lado, a prefeitura de Florianópolis acompanhou as negociações de perto temendo uma paralisação dos transportes. Nos últimos dois anos, o município tem feito aportes financeiros, através de subsídios, para ajudar as empresas a manter as operações do transporte.
A maioria das empresas que trabalham na Grande Florianópolis está em processo de recuperação judicial. Elas tentam, com o apoio do Judiciário, pagar os valores devidos a fornecedores e trabalhadores.
Futuro dos cobradores
Ficou acertada pela proposta aprovada na assembleia que a prefeitura, as empresas e os trabalhadores vão fazer uma comissão para discutir o futuro do serviço na Capital. Isto inclui a situação dos cobradores, que devem ter funções diferentes. Eles passam a ser chamados de auxiliares de bordo.
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