A data definida para a liberação do Contorno Viário da Grande Florianópolis precisa ser enxergada como mais do que uma notícia a ser comemorada (veja fotos abaixo). Há outras conclusões a serem tiradas do anúncio da Arteris Litoral Sul de que em 2 de agosto a estrutura está apta para a circulação de veículos. A primeira delas é que o Contorno não resolverá totalmente os problemas de mobilidade da região. Longe disso. A segunda está no que será feito daqui para frente com a BR-101, que tornou-se uma avenida de cidades em desenvolvimento como São José e Palhoça.
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Em relação ao primeiro ponto, é importante destacar que a festa do dia 2 de agosto será o único momento de comemoração. Porque depois disso virá a preocupação. O Contorno precisará ser “vigiado” de perto pelas autoridades de todas as esferas para que não tenha os mesmos problemas que hoje a 101 apresenta. E isso passa por fiscalização de ocupação dos espaços, por exemplo.
Caso o Contorno fique “abandonado” pelas autoridades, o risco de que a ocupação seja desordenada aumenta. Tratando-se do cenário em que se encontra a mobilidade urbana da Grande Florianópolis, a chance desse “abandono” ocorrer é grande.
Por fim, o fato a se lamentar neste processo todo é que a 101 não está sendo planejada para o novo momento que vai viver. Pela previsão da Arteris, um terço do fluxo que hoje passa pela rodovia vai passar a usar o Contorno.
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Sendo assim, das três pistas da Grande Florianópolis, uma estará mais “livre” diariamente. Não se pensou em alternativas para o transporte coletivo, por exemplo. E, assim, perde-se uma nova oportunidade.