O secretário de Administração do Estado, Jorge Eduardo Tasca, foi mais do que um depoente na CPI dos Respiradores da Alesc. Ele incorporou o governo Moisés durante suas falas. E não à toa: colega de farda do governador, é um dos nomes que mais defende Carlos Moisés da Silva, assim como o secretário de Infraestrutura, Thiago Vieira, também oficial militar estadual.
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Tasca sobe o tom e governo Moisés mostra a cara na CPI dos Respiradores
A disposição de Tasca chamou a atenção. Ele não somente respondeu questionamentos que vinham a ele como defendeu a postura do ex-secretário de Saúde, Helton Zeferino, também oficial militar estadual. A discussão sobre o militarismo chegou a ganhar protagonismo durante o depoimento e gerou reação da associação dos oficiais militares estaduais em nota enviada à Alesc.
Internamente, Tasca é visto como um dos profissionais de destaque por sua ligação com a área de tecnologia. Ele foi o responsável por projetos dentro da PM como as informações de ocorrências disponíveis em tablets. Na atual gestão de pandemia, atuou pelo governo no projeto do painel de dados do coronavírus.
Como o governo não tem representantes na CPI, coube a ele impor a visão da gestão Moisés. Inclusive quando tentou ler um texto pré-escrito sobre as ações do Executivo, mas foi rebatido pelos opositores presentes na comissão.
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Poucas informações
A remessa do processo dos respiradores ao STJ ainda é de poucas informações. Como ações envolvendo governadores tramitam sob sigilo, o órgão não divulga a tramitação. Antes de decidir sobre o futuro do inquérito, o ministro relator pede um posicionamento da Procuradoria-Geral da República (PGR). Caso fique em Brasília, a investigação deve ir para a PF.
CGE
Responsável pela pressão para que o governo nomeasse um auditor para o comando da Controladoria-Geral do Estado, o Sindiauditoria entende que é o momento de olhar para frente. Cristiano Socas da Silva, profissional da categoria, foi oficializado no cargo de controlador-geral: “A escolha de Cristiano Socas e Marisa Zikan (controladora adjunta) é um importante passo no processo que vai nos levar a reorganização e fortalecimento da CGE: temos que trabalhar para ampliar as competências da Controladoria e transformá-la em um órgão que efetivamente tenha autonomia e poder no controle interno”, avalia Maurício Arjona, presidente do entidade.