Carlos Moisés da Silva (PSL) teve 31 dias para dar os primeiros passos na função e fazer os ajustes iniciais necessários. A partir desta sexta-feira (01), entretanto, inicia-se o seu verdadeiro governo.
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Às 9h, será estabelecido o novo formato da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), com a posse dos 40 deputados para o mandato de quatro anos. Apesar da função da Casa Civil de manter relações com os parlamentares, quem fará a articulação com a Alesc será o próprio Carlos Moisés.
Dentro do Legislativo, entretanto, o novo governo terá apenas seis aliados no tradicional “base de governo”. Como não fez negociações, prefere usar o discurso de engajamento: “temos 40 representantes”, disse na quinta-feira, em entrevista ao Bom Dia SC, da NSC TV.
Ao mesmo tempo, usa a estratégia de dividir a responsabilidade com os ocupantes da Alesc: “esse novo momento é revelador, aqueles que entendem o que é bom para Santa Catarina votam positivamente”. Moisés chegou a receber deputados recentemente e negou cargos por apoio na Assembleia.
Na posse desta sexta, o novo governador fará um discurso rápido, estimado entre dois e três minutos. Na próxima semana, terá uma agenda de reuniões com todas as bancadas da Casa individualmente. Faz parte da estratégia de aproximação inicial. Ao seu lado, Moisés contará com o apoio do secretário da Casa Civil, Douglas Borba.
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O insucesso do planejamento inicial de evitar o contato político em prol da governança pode custar ao pesselista derrotas caras e pesadas. A reforma administrativa desenhada por Moisés, por exemplo, terá de ser aprovada pela Assembleia.
Caso a proposta não avance, muito do que o governador estipulou ficará pelo caminho. Pelo que se conhece do sistema político catarinense, ele precisará de muito mais que boa vontade e do apoio das urnas para avançar quando o assunto é Alesc.