Dois nomes do alto escalão da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram exonerados dos cargos nesta terça-feira (31). Entre eles está o número 2 da corporação no país, o catarinense Jean Coelho. Ele é natural de Florianópolis, e desde maio de 2021 atuava como diretor-executivo da corporação. A exoneração ocorre seis dias após a morte de Genivaldo de Jesus Santos, em Sergipe, durante uma abordagem de policiais rodoviários. Antes de assumir a diretoria-executiva em Brasília, o agente comandava a superintendência da PRF em Santa Catarina.
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Além de Coelho, também foi exonerado o chefe de inteligência da PRF, Allan da Mota Rebello. A saída de ambos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira. O chefe da PRF, Silvinei Vasques, segue no cargo. Apesar de não haver um motivo ofocial divulgado pela corporação, a morte de Genivaldo mexeu com os bastidores da segurança pública no país nos últimos dias, e é apontado como possível motivo para as quedas dos cargos de confiança.
Apesar de ser natural do Paraná, Vasques tem forte ligação com SC. Foi aqui que ele construiu carreira acadêmica e profissional. O atual chefe da PRF chegou a ser secretário municipal em São José, na Grande Florianópolis.
Repercussão do caso Genivaldo
A morte de Genivaldo vem causando repercussão nos últimos dias. Como publicou a colega Dagmara Spautz, O presidente interino da OAB Nacional, o catarinense Rafael Horn vê “fortes indícios de tortura” no assassinato. No último fim de semana, Horn, em conjunto com a OAB Sergipe, cobrou responsabilização pelo crime – incluindo a prisão cautelar dos agentes envolvidos, e medidas para evitar novos casos. A OAB irá atuar diretamente no caso e também cobra assistência à família da vítima.
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