Os primeiros dias da segunda temporada do governo Carlos Moisés da Silva mostram que o bombeiro da reserva tem colocado em prática o perdão político. A nova fase política tem reaproximação com críticos e adversários políticos.
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A vice-governadora Daniela Reinehr, depois de novos sinais de rompimento, esteve com Moisés em agendas recentes no Oeste, por exemplo. Daniela, ao tentar interferir no julgamento da equiparação salarial, se colocou como adversária do governador. Nos útimos dias de interinidade dela no comando do Estado, a relação parecia que não tinha mais volta.
Nas mesmas agendas no Oeste, a deputada federal Caroline de Toni (PSL), também esteve nas fotos. Ela faz parte da ala bolsonarista dos pesselistas, que disparou críticas contra Moisés nos últimos meses.
2020: o ano da crise política e da reconciliação
O clima parece que mudou. Em relação ao presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD), o momento também é novo. Os dois estão mais próximos, depois de uma polarização entre ambos no cenário político.
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No caso mais recente, o deputado estadual Ricardo Alba (PSL) participou de um evento com Moisés em Palhoça. Alba, dos mesmo partido do governador, votou pelo afastamento dele no processo de impeachment da equiparação salarial dos procuradores.
Mais tempo
Carlos Moisés da Silva ganhou mais tempo para trabalhar na sua segunda temporada. A decisão do presidente do Tribunal do Julgamento do processo de impeachment dos respiradores, Ricardo Roesler, oficializa uma vontade dos bastidores políticos e jurídicos. Havia a preocupação real de que Moisés fosse novamente afastado. Roesler suspendeu a votação marcada para esta segunda-feira (14).
Em contrapartida, o governador terá de colocar em prática seu novo estilo, inclusive para cumprir as promessas feitas aos partidos nos bastidores. O momento indica que os políticos querem manter Moisés no cargo e rejeitam um novo governo interino de Daniela Reinehr.