A relação dos candidatos ao governo do Estado com o presidente Jair Bolsonaro (PL) – ou a ausência dela – se tornou o foco central da disputa em Santa Catarina. Com o resultado da primeira pesquisa IPEC/NSC, onde Bolsonaro saltou com o dobro de intenção de votos na comparação com Lula (PT), a briga pelos eleitores bolsonaristas ficou ainda mais acirrada no Estado. No entanto, o que nenhum dos candidatos vai assumir é que se torna impossível fazer um governo estadual totalmente alinhado que pensa Bolsonaro, caso ele seja reeleito.

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A primeira prova disto é que não houve neste primeiro mandato do presidente da República um governador sequer que mantivesse uma relação 100% pacífica com o governo federal. Seja por um motivo ou outro, até mesmo aliados mais próximos tiveram que tomar decisões contrárias ao que pensa Bolsonaro.

No caso de SC, então, um governador que não questione o governo federal pela ausência de investimentos no Estado pode ser colocado no alvo pelo próprio cidadão catarinense. Além disto, ficou claro nos últimos anos que Bolsonaro tem atitudes peculiares à imagem dele, algo que não é possível colar em outas lideranças políticas.

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Por isto é que não há como se manter fiel a todas as decisões bolsonaristas. A realidade nacional se distancia do que ocorre em solo catarinense, o que exige também medidas diferentes. Achar que um governador seguirá tudo o que Bolsonaro decidir é uma expectativa, no mínimo, ingênua.

Carlos Moisés da Silva (Republicanos), decidiu seguir por outros rumos, algo que para parte do eleitorado significou como traição. O mesmo pode acontecer caso o eleito para o governo do Estado em 2022 seja outro. E isto não será um sinal de contradição ou algo do gênero, mas sim uma ação de gestor conforme cada realidade. Para o eleitor, entretanto, os movimentos precisam ser mais claros e detalhados, caso contrário a repercussão pode ser grande.

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