A interinidade de Mauro de Nadal (MDB) como governador de Santa Catarina tem sinais claros do Carlos Moisés da Silva (sem partido). O principal deles é o reforço de que sua gestão mudou da água para o vinho após o primeiro processo de impeachment, e fez com que Moisés decidisse governar junto com a Assembleia Legislativa (Alesc). Não foi à toa que o governador articulou através da Casa Civil que o presidente da Alesc ficasse interinamente no comando de SC enquanto ele estiver na Escócia durante a COP26.

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Simbolicamente, é o Legislativo chegando ao cargo máximo do poder no Estado, e esse é um grande afago que Moisés faz no Parlamento. A vice-governadora, Daniela Reinehr, foi convencida a não ficar em SC no mesmo período para aderir a uma viagem aos Emirados Árabes, para onde deve ir uma comitiva presidencial nos próximos dias. Com isso, Daniela deixa a cadeira da interinidade para Nadal.

Além da relação entre Executivo e Legislativo, o governador também pensa politicamente. O seu gesto, além de projetar o presidente da Alesc ao comando de SC, também coloca o MDB de volta à cadeira ocupada por figuras históricas do partido como Luis Henrique da Silveira.

A interinidade da Nadal será de uma semana, já que Moisés volta da Escócia no dia 11 e retoma o cargo na sexta-feira, 12 de novembro. Mesmo com um período curto, será tempo suficiente para que a relação entre o governador oficial e o governador interino fique ainda mais estreita.

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