Por mais que a corrida eleitoral efetivamente esteja marcada para começar depois de 15 de agosto, quando termina o prazo das inscrições das chapas, os bastidores para a disputa do governo de Santa Catarina estão movimentados. Prova disso é a mobilização das equipes jurídicas dos pré-candidatos nas Eleições 2022. O governador Carlos Moisés da Silva Republicanos), por exemplo, já deixou a postos sua equipe de advogados para atuar em eventuais casos que possam prejudicar o registro da candidatura dele.

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Nos últimos dias, surgiram nos bastidores diferentes movimentos com denúncias protocoladas em órgãos públicos sobre supostas irregularidades que possam ter sido cometidas pelo governo. Pessoas próximas ao governador temem que as ações façam parte de uma mobilização para impedi-lo para disputar a reeleição.

Equipe jurídica

Sem o advogado Marcos Probst, que defendeu Moisés nos processos de impeachment e depois foi nomeado desembargador do TJ-SC pelo próprio governador dentro do Quinto Constitucional da OAB, novos profissionais atuam nas questões jurídicas da pré-campanha. Um deles é Luis Irapuan Campelo Bessa Neto, que atuava em conjunto com Probst até ele deixar a advocacia para se dedicar ao Judiciário.

Ambiente político

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Ao mesmo tempo em que o cenário jurídico tende a se movimentar, Moisés também tem outras preocupações no campo político. Com os alinhamentos eleitorais, alguns dos partidos que antes votavam com ele na Assembleia Legislativa (Alesc) já começam a se articular para fazer oposição ao governo.

Nos últimos dias, os movimentos ficaram mais claros. O PSD, que chegou a apoiar votações de Moisés, se uniu em bloco simbólico ao União Brasil. Reflexo da pré-candidatura de Gean Loureiro, que é articulada por um dos principais nomes dos pessedistas, o deputado Julio Garcia.

Já o PL, que terá o candidato Jorginho Mello nas urnas em 2022, também estabeleceu-se como oposição junto com seus sete deputados. Somente com estes três partidos, são 15 votos na Assembleia contra o governador.

Pedidos de apuração

Outro componente também chama a atenção nas últimas semanas. O defensor público Ralf Zimmer Júnior, responsável pelo primeiro pedido de impeachment de Moisés em 2020, começou a protocolar pedidos de apuração de diferentes ações do governo. Entre os assuntos escolhidos por Zimmer estão o Plano 1000 e a concessão de reajuste para os defensores dativos anunciados pelo TJ-SC.

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Os movimentos do defensor público, que não age através da função na Defensoria Pública, também são acompanhados nos bastidores por conta dos atos feitos por ele há dois anos que chegaram a afastar Moisés do cargo.

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