O governador de Santa Catarina. Carlos Moisés da Silva, prepara-se para reagir. Desde o anúncio da abertura do processo de impeachment contra ele na Alesc, há um silêncio por parte do governo sobre a denúncia. Mas isso tem prazo para mudar. A estratégia interna prevê ações a partir do momento em que Moisés for notificado da instalação do processo. O despacho oficial do presidente da Assembleia, Julio Garcia (PSD), está previsto para esta terça-feira (28).

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Uma fonte ligada ao governo afirma que atualmente Moisés conta com 13 dos 14 votos necessários para arquivar a denúncia na Alesc. Para aumentar esse número, ele trabalha nos bastidores. A articulação e a representantivade são os principais problemas para o governo. A reação completa virá depois da notificação e inclui um novo chefe da Casa Civil, que será oriundo do campo político.

Nos bastidores comenta-se também sobre a possibilidade de uma troca na liderança no governo. A deputada Paulinha (PDT) exerce a função atualmente, mas deixaria o posto. Na sessão que confirmou a abertura do processo contra Moisés, a parlamentar não fez uma defesa enfática do governador, o que destoou do que se esperava da função.

A partir da notificação oficial da denúncia, Moisés terá 10 sessões ordinárias para se manifestar. No retorno da defesa, a Comissão Especial com nove membros deverá concluir seu parecer em cinco sessões. A tendência é que estes dois prazos sejam finalizados em um mês e meio. Na votação em plenário, são necessários 27 votos para o afastamento. Por isso que o governo precisa de 14 parlamentares para derrubar o impeachment.

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Caso isso não ocorra, Moisés será afastado, mas terá uma segunda chance com a nova comissão a ser montada com cinco deputados eleitos e cinco desembargadores. Para o afastamento definitivo, serão necessários sete dos 10 votos.

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