Foram muitos milagres em quatro anos. Carlos Moisés da Silva saiu do anonimato ao comando de Santa Catarina, se livrou de dois processos de impeachment, conseguiu apoio político após fracasso nas composições para a Alesc e arrebatou o maior partido do Estado para ser vice na disputa à reeleição. Depois de tantos cenários favoráveis, acabou a cota de milagres. Ao ficar de fora do segundo turno, Moisés paga pelos erros políticos cometidos, sendo a maioria deles por escolhas próprias.
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Existia no entorno do governador uma mística de que ele era “iluminado”. Por todos os obstáculos que passou e mesmo assim manter-se “vivo” politicamente, considerava-se que ele poderia fazer mais um milagre para se reeleger. Mas o distanciamento de Jair Bolsonaro (PL), que o elegeu em 2018, e as escolhas políticas fizeram com que a sorte não tivesse mais força para empurrá-lo.
Ficou evidente na campanha eleitoral que Moisés não havia aprendido. Ele tinha a oportunidade de virar o jogo, mas não conseguiu. Preferiu manter-se no mesmo caminho, sem abrir-se para o cenário político. A própria campanha de reeleição foi fraca, sem que pudesse impactar o suficiente um eleitor desconfiado.
Ao ficar fora do segundo turno, Moisés aprende que não se vive apenas de milagres, é preciso mais do que isso. Na política, então, falta muito mais a ele.
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