Carlos Moisés da Silva está próximo de voltar ao comando do governo de Santa Catarina. Na próxima sexta-feira, 27 de novembro, o Tribunal de Julgamento do processo de impeachment da equiparação salarial volta a se reunir para decidir se afasta ou não Moisés definitivamente. Para voltar à cadeira, o governador afastado precisa de quatro votos, exatamente o mesmo número que se posicionou favoravelmente a ele na decisão sobre a admissibilidade do processo. Mesmo assim, o tom das pessoas do entorno do coronel da reserva dos Bombeiros é de cautela. Depois da votação de 27 de outubro, quando o cenário era pelo afastamento de governador e vice, a visão de que “tudo pode acontecer” ainda é continua viva.

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Semana decisiva para o futuro político de Moisés

A tendência hoje é de que entre 30 de novembro e 1º de dezembro Moisés seja notificado sobre o retorno ao cargo. O clima político e jurídico é favorável a ele. Dois dias antes, na quarta-feira (25), o Tribunal de Justiça (TJ-SC) discute o mérito da equiparação salarial dos procuradores.

Mesmo que o ato seja considerado ilegal, o que estará em jogo será o papel do governador na concessão do aumento, algo que os quatro desembargadores favoráveis a Moisés já entenderam que não ocorreu. A sessão derradeira desse processo de impeachment começa às 9h de sexta.

O novo governo

Moisés terá uma segunda chance para governar. Ele ainda depende da votação do processo de impeachment dos respiradores, sem data para análise do Tribunal do Julgamento. Mas o clima político é favorável para arquivamento. Os bastidores indicam que o governador voltará com uma forma diferente de articulação. Isso aponta, inclusive, para nomes conhecidos da política em cargos. Um deles é a Casa Civil, que Moisés não tinha um titular.

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Um mês

Na prática, será como se Moisés tivesse saído de férias. A vice-governadora, Daniela Reinehr, agora governadora interina, assumiu em 27 de outubro. Terá, caso se confirme a volta do governador afastado, 30 dias de gestão, pouco tempo para implementar um estilo de trabalho que gere resultados a curto, médio e longo prazos. Mudanças na equipes, portanto, foram pontuais e sem mexer na estrutura geral.