Os grupos mais próximos ao governador Carlos Moisés da Silva se dividem entre duas vertentes quando o assunto é a nomeação de parentes de policiais militares para cargos em áreas do governo do Estado, principalmente na Casa Militar. O caso ganhou repercussão nos últimos dias com a divulgação de uma lista de familiares indicados para funções de confianças no setor responsável pela segurança do chefe do Executivo e da vice-governadora.

Continua depois da publicidade

Parte dos assessores de Carlos Moisés, no entanto, tem dito a ele que mantenha as nomeações sob a justificativa de qualquer movimento no sentido contrário o levaria a mexer em qualquer tipo de nomeação semelhante. Por outro lado, há um grupo de pessoas de confiança do governador que recomenda as exonerações dos indicados para evitar maiores danos à imagem do governo. Oficialmente, apenas a Casa Militar se manifestou defendendo as escolhas.

Nos bastidores houve uma forte reação entre os oficiais da Polícia Militar (PM), que na sua maioria questionam as nomeações. A distribuição dos cargos, dizem os mais críticos, atinge a própria categoria da qual o próprio governador é oriundo. Entra também na lista de argumento o discurso de campanha de Carlos Moisés, baseado nas indicações técnicas para cargos.

Fato é que as nomeações de familiares criaram um desgaste interno desnecessário para o governo. Por mais especializados que sejam os nomes indicados para os cargos, há se de levar em conta o parentesco com os militares sob pena de uma desqualificação geral dos escolhidos, como vêm ocorrendo. Até o momento, Moisés vem seguindo a orientação dos que preferem deixar como estar. A conferir se resistirá à pressão de quem questiona e pede uma mudança de cenário.

Continua depois da publicidade