Em uma anáise do cenário completo entre 2021 e 2022, seria no mínimo precipitado descartar Carlos Moisés da Silva nas eleições para o governo do Estado no ano que vem. Com os movimentos mais recentes do coronel dos bombeiros, então, fica cada vez mais claro que ele quer se colocar no jogo.
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Alguns fatores contribuem para que Moisés seja uma cartas de 2022, mas o principal é dinheiro no cofre para investir até pouco tempo antes da disputa. Ele tem, como diz na gíria política, “a máquina na mão”. Mas não é qualquer máquina. É um governo com potencial para fazer entregas e deixar legado.
Cabe a Moisés, como escrevi aqui há algumas colunas, definir no que pretende deixar sua marca. Caso realmente consiga, estará credenciado a tentar a reeleição.
O que pesa
Os dois processos de impeachment e o caso dos respiradores ficam marcados na gestão. Serão pesos a serem considerados na imagem de Moises caso ele decida pela reeleição. Além disso, precisará de apoio político, algo que hoje ele tem por conta do comando do Estado e do dinheiro disponível. Na hora das coligações, entretanto, a conversa será diferente.
Teste na Alesc
O deputado estadual Valdir Cobalchini (MDB) tem sido uma espécie de vice-líder do governo Moisés na Alesc. Ao liderar a maior bancada na Assembleia, ele garante nove votos ao governo, enquanto também recebe um bom tratamento do Executivo nas agendas. Mas, na semana passada, o governador vetou um projeto do deputado que permitia o setor privado comprar vacinas contra a Covid-19. O texto agora volta para a Alesc, onde Moisés terá um teste de unidade na votação do veto.
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Sem restrições
O governo de Santa Catarina mostra-se muito convicto nas decisões atuais de não restringir mais as atividades econômicas diante da pandemia da Covid-19. Em entrevistas, o secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, é taxativo de que as ações para frear o avanço da doença são outras, nada de fechamentos. Ele cita medidas como fiscalização e rastreamento de contaminados. Neste último caso, porém, o Estado e os municípios ainda são bastante falhos em acompanhar os doentes.
DIRETAS
> João Rodrigues x Jorginho: os dois políticos bolsonaristas travaram uma batalha pelas motociatas de Bolsonaro. Ao fim, os dois levaram. Mas ficou evidente que ambos querem estar ligados à imagem de Bolsonaro em Santa Catarina.
> Férias: o colunista está fora deste espaço na próxima edição impressa para um período de descanso. O retorno será na publicação de 3 de julho. Até lá!
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