As mortes continuam na triste rotina da BR-470, no Vale do Itajaí. A rodovia federal mais perigosa de Santa Catarina num trecho de 200 quilômetros, entre o Litoral e o Alto Vale, convive diariamente com acidentes que tiram vidas ou deixam sequelas. Mesmo com uma obra de duplicação em quase 80 quilômetros, o cenário não muda. Nesta sexta-feira (4), foram três mortes na roleta-russa da infraestrutura rodoviária catarinense.

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Caminhoneiro detalha como foi acidente com três mortes na BR-470: “Veio podando”

O que se vê na BR-470 é um show de horrores. Não entrarei aqui no mérito do acidente desta sexta, até porque as investigações vão apontar o que realmente ocorreu. Mas a rotina da rodovia é marcada pela imprudência e alta velocidade. Nem mesmo a obra de duplicação que dá sinais de avanço faz os motoristas, literalmente, tirarem o pé.

Este diagnóstico é uma demonstração de que a infraestrutura pode ter melhorias, mas isto precisa vir acompanhado de um novo comportamento do motorista. Mesmo com quatro pistas, a BR-470 seguirá sendo perigosa se tiver motoristas imprudentes, como se vê historicamente na rodovia.

Basta circular pela região em dias úteis para que se observe inúmeros comportamentos de risco. Há, claramente, um excesso de confiança grave. Quando maior a confiança e o pé no acelerador, maior é a probabilidade de a roleta-russa entrar em ação.

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Com pista simples ou duplicada, a BR-470 pode continuar com o mesmo cenário mesmo ao fim das obras. Esta é uma escolha que os motoristas podem fazer.

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