Com a janela aberta para a troca de partidos por parte dos vereadores que vão disputar as eleições municipais, intensifica-se o desenho do cenário de outubro em Santa Catarina. Desde 7 de março até 5 de abril, as mudanças podem ocorrer sem que haja questionamentos eleitorais para quem vai trocar de sigla. Este fator vai acelerar conversas sobre coligações e candidaturas a prefeituras importantes do Estado. O que antes era apenas desejo ou anúncio agora precisa se tornar realidade.
Continua depois da publicidade
Ministério Público Eleitoral defende a cassação de Seif no TSE; veja detalhes
Somam-se a este período de janela dos vereadores outras duas datas: o dia 6 de abril é o limite para filiações de quem pretende disputar a eleição e até a mesma data os secretários municipais ou estaduais precisam sair das cadeiras para se desincompatibilizar caso pretendam estar nas urnas em outubro.
Estas agendas do calendário eleitoral vão fazer com que a eleição esteja definitivamente desenhada.
O mês de março deve ser marcado por eventos de filiação e as confirmações do que antes já era esperado. Siglas como o PL e o PSD, que lideram os movimentos nos últimos meses, devem protagonizar atos de maior volume. Já o MDB e o Progressistas, responsáveis pelos maiores números de prefeituras no Estado, respectivamente, também vão acelerar processos para conquistar espaços.
Na prática, pode-se dizer que a política catarinense será uma até o começo de abril e terá nova cara a partir do dia 6. Mais do que mudanças de partido por parte de quem disputa ou não a eleição em outubro, os movimentos a serem confirmados também interferem em gestão estadual e, principalmente, das prefeituras catarinenses daqui para frente.
Continua depois da publicidade
PL no centro
As principais dúvidas das eleições em algumas das maiores cidades de SC passam pelos caminhos a serem escolhidos pelo partido do governador Jorginho Mello (PL). Em Florianópolis, por exemplo, o prazo de abril para filiações e troca de siglas por vereadores será essencial. Há parlamentares que querem ficar ou mudar para a sigla. Entretanto, a decisão somente será tomada depois que o partido decidir se vai ou não apoiar Topazio.
Lançará?
Os caminhos do PL em Florianópolis são: apoiar Topazio com a indicação do vice ou lançar Bruno Souza para ser candidato. Com candidato próprio, o risco do PL é perder filiados que pretendem estar com Topazio em outubro. Por outro lado, há quem apoie a ideia de que o partido do governador precisa ter nome e número na urna na eleição municipal na Capital de Santa Catarina.
Blumenau
A decisão de Jorginho Mello de filiar o deputado estadual Egídio Ferrari para disputar a eleição pelo PL em Blumenau causou um desconforto no atual prefeito da cidade, Mário Hildebrandt. Ele tinha como preferência a atual vice, Maria Regina de Souza Soar (PSDB). Hildebrandt se filiou ao PL dias antes de Jorginho confirmar que Egídio é o nome escolhido por ele para estar nas urnas em outubro pelo partido. A tendência é que o clima se ajuste nos próximos dias. É possível que Maria Regina vá para o MDB.
Criciúma
No Sul do Estado, a disputa tende até a ser jurídica. O deputado federal Ricardo Guidi (PSD) insiste na candidatura à prefeitura da cidade, mas o partido dele vai apoiar Arleu da Silveira, recém-chegado à sigla e apoiado pelo atual prefeitura, Clésio Salvaro. Caso realmente deseje concorrer pelo PL, Guidi vai ter de enfrentar uma batalha na Justiça eleitoral. O PSD diz que não abre mão dele.
Continua depois da publicidade