Poderia até me considerar suspeito para tudo que escreverei neste texto, mas sei o quanto represento para muitas pessoas que hoje moram em Santa Catarina e podem se espelhar neste relato. Quem me conhece sabe o quanto sou um admirador deste Estado. Mesmo tendo vindo do Rio Grande do Sul, onde a ligação das pessoas com o localismo é enorme, passei a me reconhecer como catarinense pelas vivências e pelo meu histórico. Situação semelhante, eu sei, passaram e ainda passam milhares – talvez milhões – de outros moradores atuais de SC que vieram de outros Estados e passaram a chamar cidades catarinenses de “casa”.
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Este texto teria todas as condições de estender-se por páginas e páginas para que eu pudesse expor os motivos para uma ligação tão forte com o solo catarinense. Mas buscarei ser breve e direto: a diversidade de cultura, de jeitos, sotaques, opções de vida e cenários de Santa Catarina é incomparável.
NSC celebra as histórias de quem faz Santa Catarina
Por motivos familiares, já pude vivenciar desde a infância algumas das principais regiões do Estado. Depois, como profissional e “morador oficial”, rodei pelas demais. Por fim, estabeleci a vida e a família – com a chegada do manezinho João Pedro – em Florianópolis, onde chamo de casa com o sorriso largo.
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Mesmo não sendo um morador das outras cidades catarinenses, me empolgo ao descrever Santa Catarina quando me perguntam como são as coisas por aqui. O Vale do Itajaí, onde também morei por quatro anos, é diferente do Oeste, que entra em contraste com o Litoral, onde o estilo de vida é diferente do Meio-Oeste e da Serra, com locais lindos e distintos do Sul, região que se desenvolve constantemente, assim como o Norte. Enquanto para alguns estas diferenças seriam motivo de reclamação, as considero a principal virtude catarinense.

Somente aqui é possível “viajar” tanto entre culturas e estilos de vida dentro de um território, sem cruzar divisas. O que se vê em Santa Catarina é uma mistura linda de sotaques e jeitos de ser, com pessoas dispostas a receber, acolher e ajudar. Cada uma da sua forma, mas todas com a mesma essência, a bela alma catarinense.
É por isto que não fica difícil adaptar-se nesta nova casa para quem vem de fora. Com o tempo, acontece o mesmo que aconteceu comigo. A gente torna-se defensor, encontra mil e um motivos sinceros para apontar as virtudes da nossa nova casa, e fica feliz em ter que divulgá-los publicamente. Afinal de contas, é bom ter orgulho de onde a gente vive.
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