Estudos feitos pelos engenheiros do Deinfra e dos portugueses da empresa Teixeira Duarte confirmaram que as bases de sustentação provisórias da Ponte Hercílio Luz precisam de reparos. Elas foram erguidas em 2013 com validade para cinco anos. Como, mais uma vez, o prazo não se cumpriu, elas precisam ser reforçadas. E isso, claro, trará novos custos para a obra. A previsão é de R$ 3,5 milhões a mais. O atual secretário de Infraestrutura do Estado, Paulo França, deu início ao trâmite interno para que a obra seja feita, mas ela demandará um processo licitatório. França defende uma licitação emergencial, mais rápida e sem as tradicionais burocracias: “é uma questão de segurança, precisa ser feito”, reforçou.
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As bases provisórias hoje são responsáveis por sustentar toda a estrutura da Velha Senhora. Sem o reforço nelas, explica França, não é possível a instalação das novas barras de olhal, parte fundamental da estrutura para erguer o vão central e dar novamente as famosas curvas arquitetônicas da ponte. Essa etapa deveria iniciar em janeiro, mas sem as melhorias nas bases o processo vai atrasar.
Pelo cronograma mais recente da obra, o trânsito seria liberado em agosto de 2019, com o fim total dos serviços em novembro, depois da retirada das bases provisórias. A estimativa é que haja um novo atraso de três meses até a contratação dos serviços de reparos mais a execução dos serviços. Com isso, os prazos seriam alterados, com a conclusão estendida para 2020.
Mais dinheiro
O novo comando da secretaria de Infraestrutura e o governador eleito, Carlos Moisés (PSL), terão decisões a tomar e dinheiro a captar para que a reforma seja efetivamente concluída. Hoje, há disponível o recurso para pagar os R$ 311 milhões contratados até o momento. Mas França admite que a reforma vai demandar mais dinheiro. Além dos R$ 3,5 milhões estipulados para os reparos nas bases provisórias, serão necessários mais R$ 14 milhões em iluminação e R$ 2 milhões por mês a mais a partir de março, quando o último aditivo previa o fim da obra. Este valor é o custo mensal das estruturas instaladas pela Teixeira Duarte continuarem operando, segundo o secretário. Caso a obra termine em janeiro de 2020, por exemplo, são R$ 20 milhões em novos aditivos.
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Futuro
Anunciado na semana passada como novo secretário de Infraestrutura a partir de janeiro, o coronel do Exército, Carlos Hassler ainda não se reuniu com o atual ocupante do cargo, mas no final de semana participou de reuniões para se inteirar sobre a situação da pasta. À coluna, disse que a intenção é dar continuidade à obra da Ponte Hercílio Luz. Por isso, ele pretende “buscar a melhor solução com menor custo”.
Planejamento
Antes de entrar em detalhes sobre prioridades e obras, Hassler pretende montar um plano de gestão que será apresentado para Moisés. O programa será válido para os próximos quatro anos. Durante a campanha e logo após ser eleito, o novo governador disse que a infraestrutura seria uma de suas prioridades.