Mesmo com o processo de impeachment suspenso, a Comissão Especial da Alesc que vai analisar a denúncia contra o governador Carlos Moisés da Silva, a vice, Daniela Reinehr, e o secretário de Administração, Jorge Eduardo Tasca, movimenta os bastidores. A líder de governo, deputada Paulinha (PDT), entrou oficialmente na briga por uma das vagas no grupo. Até esta quarta-feira (5), ela estava fora das indicações do bloco PSD-PSDB-PDT e PSC, mas o cenário mudou com o pedido de saída de Marcos Vieira (PSDB), que havia sido escolhido.
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TJ-SC suspende tramitação do impeachment de Moisés
Na sessão desta quinta-feira (6), Paulinha pediu apoio ao bloco para ser indicada junto ao deputado Ismael dos Santos (PSD), o outro indicado pelos partidos inicialmente. Caso a tese do governador Carlos Moisés da Silva prevaleça na Justiça, a Comissão Especial terá ainda mais peso porque precisará fazer dois pareceres durante o processo na Alesc.
Pelo MDB, os indicados foram Moacir Sopelsa e Luiz Fernando Vampiro. Pelo PSL será Jessé Lopes. O PT indicou Fabiano da Luz. Com isso, faltam três vagas serem preenchidas. As indicações virão do PL e do bloco PP-PSB-Republicanos-PV.
Processo suspenso
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Conforme havia antecipado o colega Renato Igor, o governador entrou com mandado de segurança no Tribunal de Justiça nesta quarta-feira (5) questionando o ato da mesa que regulamentou o processo de impeachment por entender que ele diverge da lei federal de 1950 que regulamenta o instrumento. Em decisão liminar, o desembargador Luiz Cézar Medeiros atendeu ao pedido da defesa do governador, que questiona o rito do processo definido pela mesa diretora da Alesc.
A Assembleia recebeu a intimação na tarde desta quinta-feira e afirmou que deve recorrer, mas antes estudará o caso.
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