O leilão da BR-101 Sul, em São Paulo, será rápido e sem lances em viva-voz. As propostas das três empresas interessadas já estão na sede da B3, a Bolsa de Valores brasileira, e serão abertas diante do público assim que começar a sessão. O ato, marcado para as 10h, está atrasado à espera do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes Freitas, que vai participar do evento.
Continua depois da publicidade
As empresas CCR, Ecorodovias e o consórcio Way estão presentes no leilão. Elas que vão concorrer para administrar o trecho de 220 quilômetros entre Palhoça e São João do Sul. A previsão é de 7,4 bilhões em investimentos nos próximos 30 anos, incluindo a construção de quatro praças de pedágio.
Chama a atenção a ausência de representantes do governo do Estado e da bancada catarinense no Congresso Nacional. Mesmo assim, o espaço onde ocorre o ato está cheio. A maioria das pessoas é ligada ao mercado econômico e às empresas que concorrem no leilão.
Depois de abertos os envelopes, vai se constatar qual delas apresentou o menor preço por praça de pedágio a partir de R$ 5,19. Com a definição, é feita a batida do martelo.
Pedágio gerou reações
A cobrança causou muita reação entre a classe política, principalmente nos últimos meses, por conta do valor estabelecido para cada um das praças. Os lances devem ser feitos de R$ 5,19 para baixo. Quem ofertar o menor preço vence o leilão. Três empresas disputam a concessão: CCR, Ecorodovias e o consórcio Way.
Continua depois da publicidade
A promessa do Ministério da Infraestrutura é que "haverá regras mais rígidas para alterações contratuais por meio de revisões quinquenais e a introdução de um mecanismo de risco compartilhado entre concessionária e poder concedente para a execução de obras de manutenção de nível de serviço (faixa adicionais), caso gatilhos de tráfego sejam acionados".
Este será o primeiro leilão do setor rodoviário no país em 2020. Nesta quinta-feira, um dia antes do evento, a Justiça Federal negou o pedido liminar da Federação das Associações de Municípios de Santa Catarina (Fecam) para a suspensão do edital de concessão.