O estoque de kits de entubação nos hospitais de Santa Catarina preocupa. Por conta disso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC) enviou um pedido ao secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, para que sejam apresentadas quais ações estão sendo tomadas para garantir a quantidade mínimo dos medicamentos diante do avanço da Covid-19. O documento é assinado pelo presidente do Tribunal, o conselheiro Adircélio Ferreira Moraes Junior. Ele ainda pede as “demais medidas que estão sendo tomadas em relação à suficiência e adequado aparelhamento dos leitos hospitalares (convencionais e de UTI) e para prevenção do agravamento da pandemia”.

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A solicitação do TCE-SC vem depois justamente de um posicionamento de Motta Ribeiro, que no dia 1º de junho enviou ao Tribunal e outros órgãos e entidades um ofício relatando a complexidade de compra de kits de medicamento para intubação. Dentro da Corte de Contas, o conselheiro Luiz Eduardo Cherem manifestou preocupação com a manifestação do secretário e enviou ao presidente do órgão um pedido para que o Estado apresentasse as providências para evitar a falta de abastecimento.

O ofício enviado por Moraes Junior dá cinco dias ao Estado para uma resposta. O despacho ocorreu no começo da noite desta quinta-feira (10).

Secretário reage

A coluna entrevistou o secretário André Motta Ribeiro no final da noite de quinta-feira sobre o cenário de medicamentos. Segundo ele, o Estado tem estoque para abastecer os hospitais próprios, inclusive com destinação de 500 mil ampôlas para as unidades filantrópicas nos últimos meses. Mesmo assim, há dificuldade para compra de novas remessas por conta da alta demanda em todos os países do mundo. Além disso, o Ministério da Saúde não tem ajudado no custeio dos produtos.

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Motta Ribeiro afirma que o ofício enviado por ele ao TCE-SC no começo de junho, que posteriormente gerou o pedido do próprio orgão na noite desta quinta-feira, foi um alerta e um pedido de ajuda aos órgãos para que se encontre uma forma de facilitação nos processos de compra durante a pandemia. Como frente de busca de kits, o secretário cita concorrências internacionais, compras conjuntas e apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

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Mesmo assim, admite, podem faltar medicamentos. Ele diz que responderá a cobrança do Tribunal com o detalhamento das ações. Enquanto isso, reforça internamente as medidas como controle dos estoques e do uso dos kits nos hospitais para evitar desabastecimento.

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