O último debate entre os candidatos ao governo de Santa Catarina, na NSC TV, se iguala ao que tivemos na campanha eleitoral deste segundo turno. Décio Lima (PT) e Jorginho Mello (PL) começaram a corrida pelo governo, na rádio e TV, num clima ameno, mas com o passar do tempo esquentaram os confrontos. Foi justamente o que se viu na noite de quinta-feira (27), no estúdio A da NSC TV.

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Os dois primeiros blocos tiveram um candidato do PL numa posição confortável, numa clara estratégia de evitar conflitos. Já o petista disparava pequenas alfinetadas, mas todas relacionadas à conexão política entre Jorginho e Bolsonaro. Como não houve confrontos, foi possível ouvir os candidatos sobre temas importantes. Eles debateram sobre combate à corrupção, desenvolvimento regional, novos modais de transporte, agronegócio e saúde.

O clima passou a esquentar ao final do segundo bloco, quando Décio questionou Jorginho sobre democracia e os casos de assédio eleitoral no Estado. O candidato do PL defendeu a democracia, mas colocou em xeque as denúncias feitas sobre empresários que estariam pedindo votos a funcionários.

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No terceiro bloco, porém, houve confronto mais direto. Mesmo sendo um espaço com temas sorteados pelo mediador Fabian Londero, Décio e Jorginho não evitaram o confronto. Como se diz no futebol, “ninguém tirou o pé”. O senador cutucou o ex-deputado federal ao falar sobre o candidato à Presidência da República e ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e a relações dele com outros países. Décio reagiu, e ali se estabeleceu um conflito.

Com a chegada do quarto bloco em temas livres, os dois voltaram a se enfrentar, mas novamente em torno de Lula e Bolsonaro. Jorginho criticou a gestão petista no governo federal. Décio foi no sentido contrário para reclamar das decisões do atual presidente da República. Coube ao petista procurar mais o conflito. Já o senador ficou novamente numa zona de conforto, se sobressaindo em poucos momentos.

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Por fim, nas considerações finais, os dois se firmaram nas raias que os trouxeram até aqui: Jorginho com Bolsonaro e Décio com Lula. Ao mesmo tempo, conseguiram se projetar como figuras próprias ao falar das propostas para o Estado. Num resumo geral, pode-se concluir que os dois fizeram um debate à altura do cargo que buscam, mesmo sem deixar os conflitos de lado.

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