Omovimento político de Jorginho Mello (PL) para atrair partidos é extremamente calculado. Mais do que isso: o novo governador de Santa Catarina já deixou claro que o governo é dele, sem espaços para concessões de grandes espaços. Prova disso é a situação que vive o MDB, o maior partido do Estado. Mesmo com representatividade forte, os emedebistas tiveram que se contentar com apenas um comando de secretaria – a Infraestrutura -, e mesmo assim um espaço com restrições. Jorginho não abriu a porta totalmente, foi só uma fresta.

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O mesmo ocorre com o Progressistas, segundo maior partido de SC. A sigla ganhou uma secretaria – Indústria e Comércio, e nada mais. Com estes sinais, Jorginho confirma que não está preocupado com a repercussão política disto. Sente-se totalmente confortável em ceder somente o que achar necessário, principalmente porque teve uma votação expressiva nos dois turnos da eleição de 2022.

Ao falar sobre a Reforma Administrativa, numa coletiva de imprensa recente, o governador disse que o PL ganhou a eleição sozinho em SC, e que os partidos precisam se adequar à atual gestão. Além disso, ele disse que não haverá “gueto político” na ocupação de espaços.

Fim de uma era?

Jorginho, na prática, dá seguimento a um estilo de política que muda os ares em Santa Catarina. Até então, o Estado era acostumado a ver o MDB ocupar muitos espaços, em diversas secretarias. Com Carlos Moisés isto já havia mudado. Mesmo o ex-governador tendo cedido no final do governo, os emedebistas ficaram longe de ter os grandes cercados dentro do governo catarinense. Com Jorginho, então, a tendência é de que isso seja ainda mais expressivo. A prova principal é que ele não hesitou em exonerar Eduardo Pinho Moreira do BRDE para colocar João Paulo Kleinübing.

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