Foi nesta terça-feira (13) a primeira audiência de instrução e julgamento de uma das partes da operação Ave de Rapina, que agitou Florianópolis em 2014. A investigação apura supostas irregularidades na tramitação do projeto Cidade Limpa na Câmara de Vereadores de Florianópolis, em 2013. À época da operação deflagrada pela Polícia Federal, parlamentares municipais foram alvos de ação, sendo que parte ainda é ré no processo judicial que teve a primeira audiência nesta terça. O encontro na Justiça ocorreu oito ano após a investigação vir à tona.
Continua depois da publicidade
Segundo a coluna apurou, os vereadores e ex-vereadores que são acusados não compareceram ao Judiciário. A pedido dos advogados de defesa, os réus foram liberados de estarem presentes na audiência que ocorreu na Vara Criminal da Região Metropolitana da Capital, sob o comando do juiz Elleston Lissandro Canali. Durante a sessão, quatro testemunhas de acusação prestaram depoimentos.
Uma delas chamou mais a atenção: foi o empresário do ramo de publicidade que denunciou as suspostas irregularidades na tramitação do projeto. Fontes que estiveram na audiência relataram que ele chegou a ser repreendido pelo magistrado diante de afirmações feitas.
Em outubro deste ano, ocorrerá mais uma audiência para que sejam ouvidas outras testemunhas de acusação. Depois disto ainda precisam prestar depoimentos as testemunhas de defesa. Por fim, as partes serão intimadas a apresentar as alegações finais para que o juiz emita uma sentença no caso.
Audiências prorrogadas
A primeira audiência ocorre somente oito anos depois da operação Ave de Rapina depois de diversos adiamentos. Inicialmente, a sessão estava marcada para 2018. Depois foi adiada para 2019. No entanto, as prorrogações continuaram: a audiência ficou para 2020, mas veio a pandemia, então passou para 2021 e, por fim, foi reagendada para 2022.
Continua depois da publicidade
Investigação sobre radares
A segunda parte da operação Ave de Rapina investiga a instalação de radares. A ação tramita de forma separada, mas também na Vara Criminal da Região Metropolitana da Comarca de Florianópolis. Neste caso, o processo está em passo mais avançado, mas também em compasso lento: a ação aguarda há três anos por uma sentença. Desde junho de 2019 o processo aguarda por um posicionamento do juiz responsável pelo caso.
Leia também:
Servidor de SC afastado do cargo em operação da PF é reintegrado após mais de três anos
Ministério Público pede indeferimento de candidatura ao governo de SC