O aumento das internações por conta do coronavírus limita o atendimento em hospitais da Grande Florianópolis. Neste final de semana, duas unidades emitiram notas informando a possibilidade de que os casos não urgentes fiquem sem consulta e sejam encaminhados a postos de saúde durante a semana. Os motivos apontados pelos hospitais são os mesmos: a necessidade de que os casos graves sejam priorizados.

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Uma das unidades que emitiu o comunicado foi o Hospital São Francisco de Assis, de Santo Amaro da Imperatriz, neste domingo (21). O documento assinado pelo diretor, Fernão Bittencourt, diz que durante o sábado ele ficou em contato com os secretários municipal e de Estado da Saúde para buscar soluções diante do “caos instalado”. Uma das possibilidades, afirma, é a montagem de leitos provisórios de UTI na unidade.

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O hospital de Santo Amaro da Imperatriz também suspendeu as cirurgias eletivas para evitar sobrecarga ainda maior da demanda. Na nota, o diretor criticou a decisão da prefeitura local de desmontar o centro de tragem que havia na estrutura para atender os casos de Covid-19.

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Já na sexta-feira (19) foi a vez do Hospital da Unimed seguir o mesmo caminho. A unidade particular, em São José, afirmou que “a demanda por internações de pacientes com COVID-19 a partir do setor de Pronto Atendimento do hospital segue alta”. A estrutura de atendimento está com ocupação máxima.

Por conta disso, “o Hospital Unimed segue com toda a sua capacidade voltada para os atendimentos dos pacientes com COVID-19 e para os atendimentos de urgências clínicas e cirúrgicas, mas a situação é extremamente grave e preocupante”. A decisão, então, é de que “a partir deste momento temos que garantir o atendimento dos casos graves, estratificando o risco dos pacientes que procuram o nosso Pronto Atendimento”. Pacientes classificados como não urgentes poderão não ser atendidos, sendo orientados para buscar atendimento ambulatorial.

Na última semana, o HU da UFSC, em Florianópolis, comunicou que os atendimentos respiratórios estavam suspensos por conta da saturação dos leitos. Por decisão da secretaria de Saúde do Estado, todas as cirurgias eletivas nas unidades estaduais estão suspensas por conta do avanço da doença.

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