Enquanto o governo federal não formaliza o convênio para receber R$ 350 milhões para as rodovias federais em Santa Catarina, o governo do Estado pretende estabelecer um prazo para que o destino dos recursos seja decidido. Nesta quarta-feira, o governador Carlos Moisés da Silva (sem partido) e sua equipe se reúnem para discutir a questão. O encontro deve escolher um dos dois possíveis caminhos: alocação dos valores para outras obras ou a definição de uma data-limite para uma posição do governo federal.

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Os R$ 350 milhões já foram aprovados pela Assembleia Legislativa (Alesc). São R$ 200 milhões para a BR-470, R$ 100 milhões para a BR-163 e R$ 50 milhões para a BR-280. O impasse hoje reside na 470. O governo do Estado quer colocar os recursos nos lotes 1 e 2, mais próximos de serem concluídos. Já o governo federal pede que o investimento ocorra nos lotes 3 e 4.

Uma audiência pública no Senado, nesta terça-feira (3), tentaria resolver o impasse. Mas ela foi adiada para 17 de agosto. Uma das possibilidades é que o governo Moisés aguarde até lá para decidir pela alocação ou não dos valores.

Dinheiro federal para a 470 é escasso

Levantamento recente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) mostra que os recursos federais para a BR-470 estão com dias contados. No caso do lote 2, por exemplo, o relatório de junho apontava que havia apenas R$ 5 milhões disponíveis, o que geraria a paralisação dos serviços naquele trecho, entre Ilhota e Gaspar. Por outro lado, são necessários R$ 91,8 milhões para a conclusão. Já nos lotes 3 e 4 o estudo da Dnit mostra que os recursos estendem as obras até o final do ano, mas ainda sem o término dos serviços.

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