A três dias da votação final do processo de impeachment, a governadora Daniela Reinehr evidenciou os sinais de que quer ficar definitivamente no cargo. Ao suspender o polêmico aumento dos procuradores – algo que na prática já não era pago pro decisão do TCE-SC -, ela mostra que pretendia criar um fato novo na semana de definição do futuro do governo de Santa Catarina. Além disso, nesta quarta-feira (25), o pagamento será julgado pelo Tribunal de Justiça (TJ-SC).

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Entenda como será a votação final do impeachment de Carlos Moisés

Há dias se falava nos bastidores que Daniela procurava um fato para movimentar o julgamento da próxima sexta-feira O clima nos bastidores é de conflito. Mais um sinal de que a governadora interina pretende agir para ficar no cargo. A suspensão do aumento dos procuradores, por exemplo, poderia ter sido feita logo nos primeiros dias de gestão de Daniela. Mas ela preferiu deixar para os dias anteriores a decisões importantes.

A estratégia, porém, pode não ter efeito prático. O Tribunal de Justiça (TJ-SC) manteve o julgamento do mérito da equiparação salarial para esta quarta. Na sexta-feira, será analisado apenas o futuro de Moisés. Daniela já teve o processo arquivado na admissibilidade da denúncia.

Origem do decreto

Os procuradores do Estado, naturalmente, reagiram ao decreto de suspensão do aumento. E trouxeram à tona uma denúncia de que o texto-base do ato de Daniela foi feito por Leandro Maciel, um dos denunciantes do processo de impeachment que afastou Moisés e será definitivamente julgado na sexta-feira. Caso isso se confirme, é mais uma demonstração de que a governadora interina tem intenções de brigar pela Casa D’Agronômica.

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