Até as eleições municipais de 2016, Gean Loureiro (União) e Dário Berger (PSB) eram bons amigos. Gean chegou a ser secretário da gestão Dário na prefeitura de Florianópolis, quando ambos eram do MDB. Mas Gean deixou o partido e também se distanciou do senador catarinense. Atualmente, ambos não mantêm mais relação, mas um movimento nos bastidores das Eleições 2022 tenta aproximá-los.
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Nos últimos dias, o PSB foi procurado por nomes ligados ao PSD, que vai apoiar o Gean na disputa ao governo do Estado. A conversa teria sido iniciada pelo deputado estadual Julio Garcia (PSD), o principal fiador da candidatura do ex-prefeito da Capital. O interlocutor entre os socialista seria Djalma Berger, irmão de Dário, e pré-candidato a deputado federal pelo PSB.
As conversas ocorrem justamente no momento em que a Frente Democrática de esquerda prepara-se para confirmar que o candidato do grupo será Décio Lima (PT) e não Dário. Desta forma, o senador do PSB terá que escolher entre dois caminhos: concorrer à reeleição ou disputar o governo de SC de forma isolada.
Uma das possibilidades aventadas é que Dário fosse ao candidato ao Senado na chapa encabeçada por Gean. No entanto, esta composição torna-se improvável porque já um nome anunciado como pré-candidato pelo PSD, que é o ex-governador Raimundo Colombo.
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Ao mesmo tempo que pessoas próximas a todos aos envolvidos nesta negociação admitam que há conversas, eles não enxergam possibilidade de que isto seja levado à frente. Entre os motivos, além de a chapa de Gean já estar fechada, há também os efeitos de uma aliança do PSB, um partido de esquerda, com União e PSD, que se alinha à direita no cenário.
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