Desde que o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (UB), confirmou à coluna que vai renunciar ao cargo em 31 de março, o vice-prefeito, Topázio Neto (Republicanos), intensificou a agenda para se inteirar sobre as ações do município. O empresário da área de tecnologia estreou na política nas Eleições 2020, quando foi eleito ao lado de Gean no primeiro turno, e vinha evitando falar sobre o novo cargo que assume em um mês e meio. Em entrevista exclusiva à coluna, nesta terça-feira (15), ele falou pela primeira vez sobre os planos para a gestão Topázio, que começa no dia 31 de março.
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Veja abaixo os principais pontos:
Sem mudanças bruscas
Com uma linha clara de trabalho alinhada a Gean, Topázio diz que não pretende fazer alterações significativas na gestão. No secretariado, por exemplo, ele deve alterar somente os nomes que vão sair para concorrer, como é o caso do secretário da Fazenda, Constâncio Maciel, e do secretário de Cultura, Esporte e Juventude, Ed Pereira.
– Nossa preocupação é que a prefeitura não pare – afirmou o futuro prefeito.
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Melhorar acesso ao cidadão
Empresário da área de tecnologia e fundador de uma empresa de call center, o vice-prefeito pretende facilitar o acesso das pessoas aos serviços municipais. Isto passa, segundo ele, por digitalização dos processos e organização interna. No entendimento de Topázio, o cidadão pode contribuir com a prefeitura através de informações sobre os problemas da cidade, e para isso precisa de um retorno sobre os pedidos enviados. Dentro deste ponto, ele também concorda com a necessidade da melhoria na transparência.
– Temos que olhar para o cidadão como um protagonista – destaca.
Áreas carentes
Topázio pretende intensificar os trabalhos no que ele chama de “áreas carentes” da cidade. O futuro prefeito cita pontos do Maciço do Morro da Cruz e Sul e Norte da Ilha. Para isto, alguns pontos serão enfrentados, como questão de solo, plano diretor, saneamento e assistência social.
Segurança e zeladoria
Durante a entrevista, Topázio citou por diversas vezes a atenção com a segurança pública da cidade. Ele lembrou de um projeto desenvolvido em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que vai monitorar indicadores sociais em alinhamento com as ações de segurança. Além disso, o futuro prefeito destacou a atenção com a zeladoria do município para ter “a cidade pronta” para receber as pessoas.
Turismo e geração de empregos
A temporada de verão também foi destacada por Topázio. O atual vice-prefeito mostrou que tem acompanhado as ações dos municípios nas praias, e disse que uma avaliação será feita ao final da temporada para discutir pontos de melhoria. O turismo, segundo ele, será fundamental para ampliar a geração de empregos, uma de suas bandeiras desde que se candidatou ao cargo em 2020. Para ele, o setor é fundamental nos empregos junto com a tecnologia.
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Mobilidade urbana
Como não poderia ser diferente, o trânsito estará na pauta do futuro prefeito de Florianópolis. Topázio lembra de projetos como a nova ponte da Lagoa da Conceição, mas também destaca que a cidade recebeu investimentos importantes desde a primeira gestão de Gean Loureiro, e que agora precisam ser feitas “micro-obras” para resolver problemas pontuais.
Trabalho em equipe e convergência
Durante a entrevista, Topázio afirmou por diferentes vezes que pretende executar um trabalho em equipe no tempo em que estará à frente da prefeitura. Para isso, lembrou que buscará a convergência envolvendo também os demais setores da sociedade.
Perfil ativo nas redes sociais
Diferentemente de Gean Loureiro, que tem intensificado as relações com a população da Capital nas redes sociais, Topázio ainda é tímido neste movimento. Mas, segundo ele, ao assumir a prefeitura a estratégia também será diferente, com atuação mais presente para apresentar os assuntos importantes da cidade às pessoas.
Relação com a Câmara
Topázio chamou de “visão míope” a opinião de que ele não tem condições de manter uma boa relação com o Legislativo na Capital. O atual vice-prefeito diz que a vida empresarial em 40 anos lhe deu a experiência de sempre buscar o consenso para as resoluções. Ele entende que a relação com a Câmara é de “conciliar interesses”.
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O futuro prefeito acredita que conseguirá manter a atual base de apoio na Câmara, que flutua entre 15 e 16 votos para a aprovação do votos do município.
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