Nos últimos dias, chamaram a atenção de moradores e pessoas que passam constantemente pela região do bairro Saco dos Limões, em Florianópolis, a construção de pequenas casas e barracas no terreno do terminal de ônibus desativado. O assunto foi motivo de um dos vídeos diários do prefeito Topazio Neto (PSD), que cobrou o governo federal para que atue na questão e ajude a controlar a situação. A expansão da presença dos índios ocorre no entorno do prédio do Tisac, que foi cedido pela prefeitura para que os indígenas que vêm para a Capital durante a temporada para vender produtos possam se hospedar.

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Entretanto, aos poucos, o terreno vai sendo utilizado para abrigar mais pessoas. O temor da prefeitura é que o local se torne ainda ainda mais ocupado e sem uma condição para tal. Outro fato que chama a atenção é a presença de um volume expressivo de crianças dentro do terreno, o que exige uma atenção maior e cuidados mínimos.

O terreno, na prática, é polêmico. A Justiça Federal impediu a prefeitura de assumir o comando da área. O Ministério Público Federal (MPF) obrigou a prefeitura da Capital a manter a casa de passagem para o período de verão. Entretanto, o debate ainda continua e se torna mais necessário.

O cenário que se forma atualmente no Tisac carece de um olhar especial do governo federal, assim como acompanhamento da prefeitura, por determinação da Justiça. Independentemente do posicionamento sobre a ocupação indígena, tornou-se um fato que a comunidade local se expandiu e vai gerar a necessidade de que as autoridades criem estruturas para atender quem está no local.

Além disso, a discussão precisa ser ampliada sem paixões ou ideologias. A área, evidentemente, não se mostra viável para receber uma alta quantidade de pessoas. A eventual migração de indígenas de outros pontos do Estado ou até país para a área no Saco dos Limões precisa ser controlada e analisada com critério.

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VEJA ABAIXO AS FOTOS DA COMUNIDADE INDÍGENA EM FORMAÇÃO EM FLORIANÓPOLIS: