A suspensão do retorno presencial das aulas na rede municipal de Florianópolis, além dos motivos divulgados pela prefeitura, também se justifica pelos casos registrados em escolas desde o começo de fevereiro. Segundo dados da secretaria Municipal de Saúde, há suspeitas ou confirmações em 72 unidades públicas e privadas da Capital catarinense. Segundo o Censo 2018, Florianópolis tem 365 escolas dos diferentes níveis. Ao todo, são 199 casos no últimos mês, entre estudantes e profissionais.

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No caso da rede estadual e particular, houve o retorno tanto de profissionais da educação como de alunos, alguns em maior ou menos medida conforme programação das unidades. Já na rede municipal a volta havia sido para os professores e demais trabalhadores das escolas. Mesmo assim foram registrados casos de profissionais contaminados, alguns deles com necessidade de internação no hospital.

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Segundo a secretaria de Saúde de Florianópolis, “os ambientes escolares, assim como quaisquer outros locais devem seguir todos os protocolos, já aprovados pelo comitê municipal de retorno às aulas”. Por isso os casos suspeitos ou confirmados com a doença devem ser notificados e repassados à pasta.

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Além disso, os contatos dos profissionais e estudantes que tiveram confirmação também devem ser afastados. As escolas precisam seguir as medidas recomendadas pela Vigilância Epidemiológica. A coluna ouviu o relato de pais de alunos de uma escola privada da Capital em que as atividades foram suspensas em quatro turmas por conta de suspeitas ou confirmações.

O Sindicato dos Servidores Municipais de Florianópolis (Sintrasem) fez um levantamento preliminar dos casos nas unidades mantidas pela prefeitura. Segundo o Sintrasem, há registros entre diferentes cargos, incluindo terceirizados que atuam nas escolas. Em uma das unidades, afirma o sindicato, foram detectados 19 contaminações após uma reunião pedagógica.

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Para que haja contato entre escolas e a secretaria, a Vigilância em Saúde criou um canal de comunicação direta com as unidades com foco em manter a priorização de notificação e afastamento dos casos de coronavírus.

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