Uma facção criminosa de Santa Catarina usava aplicativo próprio de comunicação entre os membros. O programa foi detectado pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), que fez nesta quinta-feira (25) a segunda fase da operação Network. Nela foi preso o suspeito de ser o criador do modelo. Morador de Joinville, onde foi detido, ele seria um profissional da área de tecnologia da informação (TI). Uma das suspeitas é que ele tenha se utilizado da fachada de um programa de hackeamento de canais de TV já existente para facilitar a comunicação.
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De acordo com o delegado Antonio Claudio Seixas Joca, coordenador da Draco, o programa servia para evitar o monitoramento da polícia. Além disso, dentro dele havia o controle financeiro da facção, como as dívidas dos membros. O aplicativo era baixado no celular pelos integrantes do grupo criminoso que tem seu núcleo central dentro do sistema prisional catarinense.
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A operação desta quinta-feira também teve desdobramentos na Serra catarinense. Os policiais apuraram que membros da facção se reuniam em Lages para uma espécie de “tribunal” que definia o destinos de integrantes endividados, por exemplo. Mandados foram cumpridos também em Biguaçu, na Grande Florianópolis.
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Ao todo, 14 pessoas foram alvos de prisão e temporária, além de 12 mandados de busca e apreensão. A primeira fase da operação foi feita em 2019 por conta de informações de negociação ilegal de arma de fogo e comercialização de grande quantidade de drogas pela organização criminosa.
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O grupo é o mesmo que entre 2012 e 2014 cometeu atentados em Santa Catarina. As investigações mostram que nos últimos anos a facção avançou em diversas frentes, incluindo o contato com outros grupos do país e também em armas e tecnologia, como é o caso do aplicativo.