Excluído da Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC) em 2019, um homem foi preso na última semana no Paraná por suspeita de estupro e assédio contra funcionárias do próprio bar. O fato ocorreu no dia 29 de junho. A saída dele da PM-SC se deu depois ter sido reprovado no Questionário Investigação Social (QIS) da corporação. Inicialmente, ele ganhou na Justiça o direito de ser empossado, o que ocorreu entre 2015 e 2016, mas a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) reverteu o cenário com medidas judiciais até ele ser excluído da polícia catarinense.
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Segundo apurado pela coluna, no tempo em que foi servidor da PM-SC, o suspeito respondeu a 15 processos disciplinares internos. Entre os fatos investigados dentro da corporação estavam abordagem abusiva, abuso de autoridade, corrupção passiva, agressão durante prisão, estupro de menor, furto durante atendimento de ocorrência e desobediência a ordem judicial.
Mesmo assim, ele ficou quase quatro anos na polícia até que o Judiciário mudasse o entendimento inicial, como defendia a PGE. O Estado alegava que não poderia haver o ingresso na PM por terem sido constatados registros passados contra ele antes da aprovação no concurso de crimes como furto e repasse de cédulas falsas.
Ao entrar na Justiça para impedir que o homem continuasse na polícia, a procuradoria entendeu que atuava a favor da sociedade, além de prevenir que mais registros ocorressem. O Judiciário adotou, ao permitir o ingresso dele na PM, o princípio de que, em caso de dúvida, deve ser dado o direito ao réu. Mas a PGE alegou que no âmbito administrativo a sociedade é quem deveria ser beneficiada.
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A prisão no Paraná
Segundo a Polícia Civil de Guarapuava (PR), o ex-PM catarinense excluído em 2019 é investigado por suspeito de estupro e assédio sexual contra cinco funcionárias do próprio bar, localizado na cidade.
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