Com tramitação em andamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde o começo de fevereiro, o pedido de cassação do senador Jorge Seif (PL) movimenta os bastidores cada vez mais. Independentemente do resultado, a tendência é que o julgamento tenda a mexer bastante com o cenário político de Santa Catarina. Apesar de a defesa de Seif mostrar-se confiante de que se repetirá o resultado do TRE-SC, onde o pedido foi considerado improcedente por unanimidade, o mundo da política já faz os cálculos diante de uma eventual cassação.
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Cassação de Seif chega ao último capítulo em SC e abre nova temporada em Brasília
A primeira discussão caso prospere a ação do PSD é se Santa Catarina vai ter uma nova eleição para o Senado em 2024. O que se sabe é que o STF já determinou: o segundo colocado não é convocado para assumir temporariamente a cadeira até a definição do novo ocupante do cargo. No entanto, o PSD ainda vai querer discutir o caso para que Raimundo Colombo, derrotado em 2022, assuma definitivamente.
Atualmente, o TSE entende de forma contrária. Assim sendo, o Estado pode ter uma nova eleição. Aí abre-se um novo ponto: quando seria a disputa? Por questões econômicas, o TRE-SC pode optar por fazer a eleição suplementar do Senado junto com as disputas municipais de outubro. Há também a possibilidade de que, resolvida a questão no TSE entre março e abril, a nova eleição ocorra em 90 dias, o que seria entre junho e julho.
Por fim, nomes começam a aparecer para uma eventual disputa. Pelo PL, Seif já teria sinalizado para a esposa, Catiane Seif, ser a candidata. Os deputados federais Daniel Freitas e Carol de Toni também aparecem na fila. Caberá a Jorginho a escolha, mas Jair Bolsonaro também deve ser chamado a interferir.
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No PSD, João Rodrigues pode ser o nome. O prefeito de Chapecó é votado dentro do partido para disputar em dois cenários distintos. O primeiro: caso a eleição seja entre junho e julho, ele disputaria a cadeira do Senado e ainda poderia tentar a reeleição em Chapecó se for derrotado. O segundo: se a eleição do Senado for junto com a disputa municipal, o PSD o lançaria para fazer frente ao nome do PL. A preocupação dos pessedistas é que as eleições juntas possam trazer uma nova onda do 22 para as urnas.
Com João no cenário, o entendimento é que a onda bolsonarista pode se dividir por conta da proximidade do prefeito de Chapecó com o ex-presidente da República.
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