Assim como fez na questão do duodécimo, o governador Carlos Moisés atacou o ICMS sobre os agrotóxicos da forma mais radical e, no primeiro momento, retirou toda a isenção. Diante da reação, manteve-se firme o quanto conseguiu e na quinta-feira (22) cedeu pelo menos até dezembro. Mesmo não conquistando o que queria, plantou a semente para colher os frutos no futuro, do mesmo jeito que no duodécimo.

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Quando tentou mexer no repasse para os poderes, o governador teve uma derrota na Assembleia Legislativa (Alesc). Mas o ato de ter enviado a alteração junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) trouxe o tema à tona. Moisés aproveitou a onda e pouco tempo depois pediu que os poderes devolvessem as sobras de 2018 e anos anteriores. Como resposta, recebeu ofícios recheados de justificativas que vieram precedidos de R$ 118 milhões.

Mesmo aos trancos e barrancos, a estratégia foi dando certo. Na questão do ICMS sobre os agrotóxicos somente o tempo vai dizer já que a proposta tem prazo: dezembro de 2019. Entraremos em 2020 com o assunto em pauta novamente para presenciar se o governo manterá sua ideia de começar a implantar o ICMS sobre os produtos conforme o nível tóxico.