O clima de apreensão aumentou na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nas últimas horas. Mais próximo do mês de setembro, estabelecido como limite para a normalidade do funcionamento da estrutura por conta dos cortes no repasse vindos do governo federal, a administração da UFSC trabalha para se adequar ao orçamento atual e manter o funcionamento das atividades. Uma nota divulgada pelo Sindicato dos Professores da universidade (APUFSC), nesta terça-feira, causou preocupação no ambiente universitário por afirmar que podem ocorrer mudanças nas refeições do Restaurante Universitário (RU), congelamentos de bolsas, cancelamento da Sepex (Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão), entre outras ações.

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A coluna conversou com o reitor Ubaldo Balthazar na manhã desta terça-feira sobre as possíveis reduções nos serviços. Segundo ele, ainda não há definição em relação aos anúncios feitos pela APUFSC. Sobre as refeições no RU, que ficariam exclusivas para alunos isentos, ele disse que ainda existem outras possibilidades como o reajuste no preço para quem já paga. Em relação ao Sepex, afirma Balthazar, também não foi confirmado o cancelamento. O mesmo serve para o congelamento de bolsas.

O reitor diz que aguarda o retorno do secretário de Planejamento da universidade, que estava em Brasília, para entender o cenário atual a partir das informações do governo federal. Uma das medidas que foi confirmada pelo reitor é a revisão de contratos de terceirizados. Ele admite que já houve demissões nas empresas por conta da redução nos serviços, inclusive com diminuição na frequência de limpeza.

— É preocupante. Estamos fazendo das tripas o coração para manter a normalidade.

Balthazar não tinha em mãos os números para detalhar o impacto financeiro dos cortes. Entre esta quinta e sexta-feira uma coletiva de imprensa deve divulgar informação atualizadas sobre a situação da UFSC. A esperança da reitoria é que entre 10 e 15 de setembro, quando o governo federal libera os recursos, possam vir valores para corresponder às necessidades diante de informações de bastidores de que a receita da União vem aumentando.

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