Uma operação deflagrada nesta terça-feira (13) pela Polícia Civil de Santa Catarina tem como foco a construção irregular de casas no Norte da Ilha, em Florianópolis. Chamada de “Acapulco”, a ação é feita pela Delegacia de Investigação de Crimes Ambientais e Crimes Contra as Relações de Consumo. Uma pessoa foi presa. Trata-se de um empresário que atua como corretor de imóveis na região do bairro Rio Vermelho. Os agentes também cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, além da apreensão de bens e bloqueio de valores. As investigações começaram por fatos apurados em 2020 (veja abaixo fotos da operação).

Continua depois da publicidade

Entre na comunidade exclusiva de colunistas do NSC Total

Entre os alvos está um servidor da prefeitura da Capital. Os policiais na casa dele e também na mesa do servidor na secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano para recolher materiais. Por decisão judicial, a prefeitura de Florianópolis terá que fazer a averbação de indisponibilidade nos registros de inscrições imobiliárias de 231 imóveis que pertencem ao grupo investigado. A alegação é que as casas foram construídas através de parcelamentos de solo irregulares, sem matrículas nos cartórios de registros.

De acordo com a Polícia Civil, o grupo é comandando por um construtor irregular e a família dele. Há anos, eles estariam implementado loteamentos clandestinos no Norte da Ilha, principalmente no Rio Vermelho, através de parcelamento irregular do solo urbano, comercialização desses terrenos clandestinos, além do corte de vegetação nativa e rasteira. A Polícia ainda alega que o grupo operava uma engrenagem para lavagem de dinheiro, “utilizando-se de empresas fantasmas, constituídas com a finalidade de ocultar os valores oriundos da comercialização dos lotes irregulares”.

Através de uma imobiliária que pertencia ao empresário preso, os imóveis eram comercializados com a promessa de que depois seria feita a regularização fundiária e melhoria de infraestrutura. As buscas foram cumpridas neste começo da manhã e os materiais apreendidos vão ser analisados pelos agentes.

Continua depois da publicidade

A coluna procurou a prefeitura de Florianópolis para um posicionamento e aguarda uma resposta. O texto será atualizado.

Veja abaixo imagens da operação: