A escolha do projeto que servirá de base para a concessão do complexo turístico da Serra do Rio do Rastro deve ter novos capítulos. Depois da definição do governo do Estado, através da Santur e da SCPar, pela proposta apresentada pela Vallya, a outra empresa que participou do Plano de Manifestação de Interesse (PMI) se manifestou e disse que pretende recorrer da decisão da comissão julgadora. Em nota enviada, o consórcio representado pela empresa Volare afirma que “questões importantes” apresentadas não foram consideradas na análise.

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Além da Volare, fazem parte do consórcio a Biosphera Empreendimentos Ambientais, Schaefer Engenharia, Dinâmica Projetos Ambientais e Dutra Schavade & Seibel Advogados. Segundo a nota das empresas, “pelas imagens divulgadas, o projeto escolhido não traduz os anseios das comunidades Serrana e Catarinense, nem os objetivos econômico-financeiros, sócio-ambientais e de sustentabilidade que o ambiente natural sugere, nem tampouco a vocação eco-turística que a Serra Catarinense oferece”.

Por conta disso, o consórcio diz que pretende entrar com “recursos administrativos e/ou jurídicos” para ter acesso aos esclarecimentos. Por fim, a nota questiona “os critérios técnicos que a comissão levou em conta para julgar a concepção arquitetônica, a plástica e a escala das edificações que estão em total desarmonia com o local e o seu entorno”.

O Estado, por sua vez, diz que as propostas passaram pela análise da Comissão de Avaliação, e precisaram contemplar a construção de mirantes e estrutura de apoio ao visitante, como lojas, estacionamentos e restaurantes. Além disso, a justificativa da Santur e da SCPar é que os técnicos buscaram a melhor estrutura também dentro dos critérios turísticos.

Resposta

A coluna recebeu uma manifestação de Ramiro Zinder, diretor da SCPar, e um dos responsáveis pelo processo de concessão da Serra do Rio do Rastro. Ele disse: “O Grupo Volare, participante do PMI, não possui legitimidade para emitir juízo de valor representando a ‘comunidade serrana e catarinense’. Qualquer dúvida sobre a pontuação e o processo deve ser tratado no âmbito do edital de PMI, com SCPar e Santur. Comentários que desmerecem o trabalho árduo da Comissão de Avaliação do PMI e do Governo do Estado não contribuem para o avanço desse projeto que, há décadas, é uma demanda da região”.

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