A Biguaçu Transporte Coletivos entrou em processo de recuperação judicial. A empresa opera ônibus 72 linhas na Grande Florianópolis com a ligação entre a Capital e Biguaçu, São José, Palhoça, Antônio Carlos e Governador Celso Ramos. O pedido oficial da direção à Justiça ocorreu em 7 de julho, com a confirmação do juiz da Vara Regional de Recuperações Judiciais, Falências e Concordatas, Luiz Hennrique Bonatelli, no dia 12. Um dia antes de oficializar a solicitação ao Judiciário, em 6 de julho, a Biguaçu demitiu 160 funcionários.
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A empresa tem 590 trabalhadores e uma frota de 189 veículos. A estimativa da direção é de são transportados pela Biguaçu 1,2 milhão de passageiros por mês, em média. Na justificativa para o pedido, a empresa alega, principalmente, a crise econômica gerada pleos impactos do coronavírus.
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A direção diz que o atual momento “não decorre de falhas internas de gestão, mas sim de fatores econômicos inesperados, tais como a recessão da economia acentuada principalmente com a paralisação das atividades, devido o coronavírus, déficit público elevado que limita investimentos na economia, desemprego acentuado, dentre outros, que gravemente atingiram o cenário econômico nacional como um todo e nos mais diversos setores da economia brasileira (comércio, serviço, indústria, agronegócio, construção civil etc.) e no exterior, com a desaceleração da economia global”.
Por conta disso é que a Biguaçu pede “uma ampla e justa renegociação do endividamento com seus credores, motivo pelo qual não restou alternativa senão socorrer-se do presente pedido de recuperação judicial”. No cronograma estabelecido junto ao Judiciário, os credores foram comunicados no dia 21 de julho. A partir disso se abrem novos prazos, incluindo a apresentação do plano de recuperação.
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Empresas se ajustam
Nos bastidores há uma forte reação das empresas do transporte coletivo da Grande Florianópolis aos impactos das restrições do coronavírus, inclusive com possibilidade de que outras busquem o caminho da recuperação judicial. Inicialmente, elas tentaram voltar a operar com um pedido no TJ-SC, que foi negado em liminar.
Do ponto de vista administrativo, as empresas buscam reduzir custos. No caso da Transol, que opera em Florianópolis, uma alternativa foi unir seu pátio para veículos ao da Canasvieirias, no Norte da Ilha.
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