Operações do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), tiveram como alvo a atuação de uma empresa de Florianópolis que desenvolve tecnologia para prefeituras. Em uma das ações, os agentes gaúchos, em parceria com o Gaeco do MP-SC, cumpriram mandados na sede da IPM Sistemas, no Centro da Capital, além de irem a outros locais como casas de luxo e um hangar ligados a pessoas da empresa.

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A primeira operação é chamada de Cartas Marcadas. Foram cumpridos 28 mandados de busca em sete cidades do Rio Grande do Sul e quatro em Santa Catarina. No Estado gaúcho os mandados foram cumpridos nas prefeituras de Candelária, no Vale do Rio Pardo, Sapiranga, no Vale do Sinos, Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, e em Bento Gonçalves, na Serra. De acordo com o MPRS, pessoas ligadas à empresa e servidores municipais são investigados. Ao menos R$ 2,8 milhões dos suspeitos foram bloqueados, conforme os investigadores.

De acordo com a investigação, a empresa é suspeita de fornecer às prefeituras um pacote completo de documentos que direcionava a licitação para a aquisição do software. O coordenador do GAECO/MPRS, promotor de Justiça André Dal Molin, disse, via assessoria de imprensa, que foram apreendidos notebooks, tablets, computadores, celulares e documentos, principalmente modelos de editais, orçamentos, entre outros.

Segunda operação

Em outra operação que a empresa também é investigada, os mandados foram autorizados pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o que indica a presença de pessoas com foro privilegiado na apuração. O alvo principal é a prefeitura de Rio Grande, no Sul do Estado.

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Segundo o MPRS, a operação Migração é paralela ao trabalho chamado de Cartas Marcadas. Entretanto, envolve a mesma suspeita de fraude em licitação, assim como a mesma empresa investigada.

No site oficial da empresa, a IPM Sistemas se descreve como “a empresa líder no Brasil em tecnologia para gestão pública (GovTech)”. A atuação ocorrem em cinco Estados do país: RS, SC, PR, SP e MG. A dede fica em Florianópolis e o Centro de Tecnologia em Rio do Sul.

O que diz a IPM Sistemas

Em nota, a empresa se manifestou sobre as operações: “A IPM atua no fornecimento de tecnologia de última geração aos municípios brasileiros e luta contra iniciativas de um grupo de empresas que visa evitar sua entrada nas Prefeituras do Estado do Rio Grande do Sul. Tais iniciativas são pautadas em denúncias vazias e inconsistentes, motivadas por interesses comerciais próprios de outras empresas do mesmo segmento que não têm entregado sistemas de gestão modernos e eficientes. Agimos em conformidade com a lei e focamos nossos esforços na eficiência e inteligência para a gestão pública, com tecnologias melhores e preços inferiores aos do mercado. Seguimos à disposição do judiciário e órgãos de controle. Os fatos serão esclarecidos”.

VEJA ABAIXO FOTOS DA OPERAÇÃO EM FLORIANÓPOLIS:

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