Além da discussão de reposição inflacionária do salário dos servidores da segurança pública, o governo de Santa Catarina também tem em pauta os trabalhadores da saúde e da educação. As duas categorias já receberam propostas iniciais e se manifestaram contrárias ao que foi apresentado. Assim como vem ocorrendo com os policiais e peritos, as discussões devem se intensificar em breve.

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No caso da segurança pública, as reuniões de segunda-feira (2) foram insuficientes para um acordo. O governo propôs uma média de 17% de reposição com alteração de valores no calendário de pagamento que vai até setembro de 2022. Para os praças da PM e dos Bombeiros, porém, a mudança é insuficiente. A Aprasc, associação que os representa, abriu uma enquete no aplicativo da entidade para que os filiados se manifestem. A tendência é de rejeição e muitos policiais falam em operação padrão como reação.

À coluna, o secretário de Administração do Estado, Jorge Tasca, disse que o governo chegou ao seu limite. Somente na segurança, a reposição vai atingir 29 mil servidores ativos e inativos. O cálculo do governo é de que a reposição proposta terá impacto de R$ 400 milhões na folha de pagamento até 2022. Segundo Tasca, os valores apresentados são "em cima do que é possível". Ele argumenta que a proposta dos praças acumularia em torno de 43% entre a reposição e indenizações.

No caso da educação, o governo fez a primeira proposta e ela já foi recusada pelos servidores em assembleia. O secretário afirma que novas negociações vão ocorrer nos próximos dias. Na saúde, por outro lado, as conversas ainda são iniciais. A oferta inicial não agradou a categoria, que agora espera uma proposta oficial do governo. Segundo Tasca, a secretaria ainda está construindo uma alternativa para apresentar aos servidores.

Moisés tem pressa

O governo e os praças tiveram a segunda-feira cheia de reuniões justamente por conta de uma cobrança do governador Carlos Moisés da Silva, na última sexta-feira. Ele quer uma resolução rápida do impasse com os policiais. Depois que houver um acordo, o Executivo enviará um projeto a ser discutido na Assembleia Legislativa (Alesc).

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