Os bastidores apontavam para uma vitória fácil de Roberto Katumi (PSD) na eleição fora de época criada por ele para se reeleger como presidente da Câmara de Vereadores de Florianópolis, Mas, de forma surpreendente, os planos de Katumi caíram por terra. João Cobalchini (União Brasil) venceu por um voto de diferença e será presidente do Legislativo da Capital em 2023 e 2024. Para o prefeito Topázio Neto (PSD), o resultado expõe um racha na base governista, já que tanto Katumi como Cobalchini são apoiadores do Executivo, e gera a primeira crise política a ser resolvida por ele.

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A eleição ocorreu nesta quinta-feira (8) por uma manobra do atual presidente da Câmara. Katumi jogou com o regimento debaixo do braço. A norma do Legislativo da Capital diz que a eleição para a Mesa Diretora pode ser feita “até o fim do período ordinário”. Do ponto de vista legal, não houve irregularidade. Mas Katumi antecipou a eleição que, geralmente, ocorre no final do ano ou no começo do novo ano legislativo.

O pessedista queria se manter no cargo mesmo com a resistência do próprio vice, que era João Cobalchini. O vereador do União Brasil já havia manifestado nos bastidores a intenção de ser o presidente. Com isto, se inscreveu para disputar o cargo na eleição criada por Katumi nesta quinta-feira.

Surpreendentemente, Cobalchini venceu por 12 a 11, e contando com os votos da oposição. Assim, fica visível que a base governista de Topázio sai rachada. O novo presidente, porém, prefere adotar um tom de união e diz que segue como parte da base de Topázio.

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Com cinco meses no comando da cidade, o prefeito terá o primeiro teste de fogo a resolver dentro da própria “casa”. E isto ocorre num momento delicado: ainda em 2022, a prefeitura mandará para a Câmara o novo Plano Diretor, que precisa de 16 votos para ser aprovado.

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