Com a pretensão de ser o partido com maior número de prefeituras em SC nas eleições de 2024, o PL tem um cenário considerado “perfeito” nos bastidores. Nenhuma pessoa do partido admitirá isto, porque depende da cassação do senador Jorge Seif (PL) no TSE, algo considerado definido entre fontes em Brasília. Caso Seif realmente perca o cargo, o PL torce para que uma nova eleição de Senado – algo que o TSE também terá de decidir se vai mesmo acontecer – ocorra na mesma data das eleições municipais. Isto ajudaria, segundo os entusiastas, numa nova “onda” do 22 nas urnas catarinenses.
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TRE-SC rejeita pedido de cassação e mantém Jorge Seif no Senado
O processo de Seif ainda está no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC). Nesta semana, três partes envolvidas (Seif/suplentes, Colombo e Luciano Hang) entraram com embargos de declaração, o que deve postergar a ida do caso a Brasília. Somente depois da análise deste recurso é que o recurso pode subir para o TSE, o que deve ocorrer na virada de 2023 para 2024.
Com o julgamento no órgão superior ocorrendo entre abril e maio e uma nova eleição sendo marcada, existe a possibilidade de o eleitor catarinense ter de votar em três cargos e não dois em 6 de outubro de 2024. Neste caso, mesmo com a cassação de Seif, o PL não estaria tão insatisfeito, porque poderia eleger novamente um nome no Senado e causar a “nova onda” nas prefeituras.
No PSD, entretanto, a expectativa é que o TSE mude o entendimento atual já aplicado no Mato Grosso, em 2019, quando a senadora Selma Arruda foi cassada. Lá, o órgão superior determinou nova eleição para o Senado. Os pessedistas acreditam na tese de que o TSE vai rever o posicionamento e permitir que o ex-governador e ex-senador Raimundo Colombo (PSD) fique com a cadeira. Ele foi o segundo colocado na disputa do Senado em 2022 no Estado.
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Clima agitado no PL
No ambiente das redes sociais, caso realmente Seif seja cassado, haverá um festival de lamentações e indignações por parte dos bolsonaristas do PL catarinense. Porém, a realidade nos bastidores é outra. Já há uma intensa disputa por possíveis candidatos à vaga do senador em uma eventual nova eleição. O martelo não está batido, mas nomes como Carol de Toni (PL), Daniel Freitas (PL) e Ana Campagnolo (PL) são cotados para a eleição.
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