Basta uma passada rápida pelas redes sociais para que se perceba a insatisfação dos bolsonaristas com o que se viu numa imagem rápida durante o jogo do Brasil pela Copa do Mundo do Catar, nesta segunda-feira (28). Em um momento de descontração, o deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, foi flagrado no estádio onde a Seleção Brasileira jogou com a Suíça. Tanto ele como a esposa, Heloísa, tiravam uma foto quando foram flagrados por uma câmera da transmissão oficial.

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Deputada bolsonarista de SC diz por que não vai às manifestações: “tenho orientação para não ir”

Rapidamente, as redes sociais não perdoaram. A maioria dos questionamentos segue o mesmo tom: “como assim eles estão no Catar enquanto manifestantes que apoiam Bolsonaro ficam em frente aos quarteis”? A resposta, assim como a pergunta, é simples: não se deve ter político de estimação. A atitude de Eduardo e Heloísa nada mais é do que uma real representação da política brasileira.

Enquanto as pessoas brigam nas ruas, cometem crimes, perdem de viver com os próprios familiares, o outro lado não perde a oportunidade de curtir a vida. As cobranças à família Bolsonaro são naturais, afinal é por eles que manifestantes estão em frente aos quartéis com pautas antidemocráticas.

Tudo começou justamente quando Jair Bolsonaro perdeu a eleição. Logo, é também pela família que o movimento acontece nas ruas. Justamente a família que vai para o Catar em meio a um movimento que os reverencia sem nem sequer dar as caras nos quarteis.

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A atitude de Eduardo e Heloísa pode não ser suficiente para fazer os manifestantes acordarem para a realidade da política, mas vai para a prateleira de lições. Os políticos não vão deixar de viver, muito menos de aproveitar o que puderem. Só faz isso quem ainda acredita em político de estimação.

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