Os números mais recentes da secretaria de Saúde de Santa Catarina apontam para uma situação emergencial em duas regiões do Estado. No Grande Oeste e na Foz do Rio Itajaí não há mais vagas de UTI disponíveis. A ocupação é de 100%, conforme os dados de sexta-feira (27). O Meio-Oeste/Serra Catarinense é a terceira região muito próxima do colapso: há apenas uma vaga disponível. para pacientes que precisam de tratamento de terapia intensiva.
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Voltamos a um patamar muito parecido com o do começo de 2021 quando o assunto é ocupação de leitos de UTI em Santa Catarina. Até esta sexta-feira (27), havia apenas 4,7% dos espaços disponíveis nas unidades hospitalares. Alguns hospitais apontados como referência em todas as regiões estão no limite de capacidade.
O mesmo problema foi enfrentado durante o auge da pandemia de Covid-19 em Santa Catarina. Foi há praticamente um ano atrás. O Estado chegou a ter fila por um leite. Eram mais de 400 pessoas à espera de espaço. Naquela época, a secretaria de Estado da Saúde tinha à disposição mais de 1,4 mil leitos pelo SUS. Com a baixa do atendimento de Covid-19, o número de UTIs caiu para perto de 800. Agora, pelos dados atualizados, há quase 1,1 mil espaços.
A montagem das estruturas de terapia intensiva não é feita de uma dia para outro. Mas fica claro que SC perdeu a oportunidade de aprender com a vivência da pandemia. Planos de contingência para abertura de leitos devem existir. As doenças respiratórias, que surgem pela sazonalidade, ocorrem todos os anos. Não há como ignorá-las dentro do planejamento hospitalar catarinense.
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Dinheiro, que seria um problema caso o Estado estivesse com dificuldade financeira, também está longe de virar um obstáculo em terras catarinenses, onde o governo propaga ótimos índices de arrecadação. É por conta disso que não se pode naturalizar o cenário atual. Até poucos dias atrás, eram as UTIs pediátricas e neonatais. Agora vamos a propagação de superlotação para o quadro geral.
A secretaria de Saúde já anunciou que pretende agir em estratégias diferentes para enfrentar o problema. A curto prazo, a tendência é de que ele seja amenizado. Por outro lado, espera-se que para períodos futuros de previsão de alta demanda haja um plano robusto a ser colocado em prática de forma emergencial para os catarinenses.
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