Um mês e meio depois do rompimento do contrato entre a prefeitura de Florianópolis e a Dom Parking, responsável pelo estacionamento rotativo da Capital, um representante da empresa veio à tona. Neto Laudelino Machado, diretor financeiro, esteve na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Zona Azul, na Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira. Ele prestou depoimento por mais de quatro horas.

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No começo, leu um relato próprio em várias páginas. Em grande parte, colocou a culpa pelo impasse no papel da prefeitura. O diretor financeiro repetiu o discurso oficial da empresa em relação ao episódio.

Segundo ele, o município deixou de aplicar R$ 800 milhões em multas desde 2013, quando começou o contrato com a Dom Parking. As infrações deveriam ser aplicadas quando o motorista estacionava o veículo e não comprava o tíquete.

Machado diz que apenas R$ 30 milhões foram aplicados em multas. Além disso, a empresa deixou de ganhar R$ 19 milhões em tíquetes não pagos pelos motoristas que deveriam ter sido multados, alegou o diretor. Ao opinar, Machado disse que o modelo de contrato entre a prefeitura e a empresa não se sustentava.

Os vereadores o questionaram por mais de três horas e meia. Focaram em questões relacionadas ao contrato, à mudança de sede, aos funcionários e aos proprietários da empresa. Alguns dos parlamentares cogitaram um novo depoimento de Machado em breve, para outros esclarecimentos.

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Nesta terça-feira a CPI volta a se reunir, a partir das 9h, com outros depoimentos, incluindo ex-secretários de mobilidade urbana de Florianópolis.

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