A máscara até esconde, mas por debaixo dela há muitos sorrisos no rosto dos prefeitos de Santa Catarina. Isso é visível nas fotos feita pela equipe do governo do Estado em recentes eventos com a presença do governador Carlos Moisés da Silva. 

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Em alguns casos, até falta espaço para mais gente nas imagens. E o motivo pode ser conferido nas últimas semanas em publicações no Diário Oficial do Estado: os repasses milionários de recursos para as prefeituras. Somente nesta segunda-feira (11), o governo confirmou mais R$ 84.402.600,78 para diferentes obras e serviços.

Tem de tudo: reforma de escola, construção de creche, compra de computadores, lousas digitais, quadra society, parque infantil, sede esportiva, troca de iluminação de ginásio, nova sede da Apae, compra de veículos… e assim vai. Para tudo isso, os valores variam entre R$ 50 e R$ 5 milhões. Os repasses publicados nesta segunda serão efetuados até dezembro, conforme o coronograma da secretaria da Fazenda.

Nas últimas semanas, o governo também publicou outra remessa de envio de recursos diretamente para os cofres municipais de R$ 92 milhões. Com uma lei aprovada na Assembleia Legislativa (Alesc), não há mais necessidade de convênio. O dinheiro sai direto do Estado e vai para a “mão” dos prefeitos. É por isso que o sorriso, mesmo escondido, está cada vez mais largo.

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Dias atrás, o colega Renato Igor contou aqui no NSC Total que o prefeito de Caxambu do Sul, Glauber Burtet, defendeu a reeleição de Moisés em 2022. O detalhe é que Burtet é do Partido dos Trabalhadores (PT), que além de ter uma lnha ideológica oposta a do governador, também deve ter candidato à Casa D’Agronômica no próximo ano.

O caso de Burtet é apenas mais um dos que aos poucos vão deixando de lado as cores partidárias para se abraçar a Moisés. Como escrevi acima, não há segredo algum nisso, o que há é dinheiro chegando para as prefeituras. Dias atrás, um deputado resumiu para este colunista: “nos municípios, as pessoas não querem saber se somos deputados e qual é a nossa função, o que importa para elas é o que conseguimos de recursos para as cidades delas”.

Esse é mais um relato que justifica a estratégia de Moisés em deixar de lado qualquer discussão partidária e investir, literalmente, em repasses diretamente aos prefeitos. Ao mesmo tempo, para cada um dos repasses, a Casa Civil do governo do Estado adotou um formato em que todo município antes de receber o dinheiro preciso indicar um “deputado-padrinho”. Assim o governador conquista dois lados numa só: prefeitos e deputados. O resultado é a disputada foto em cima do palanque e os sorrisos que independem da sigla partidária.

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