O isolamento do governador Carlos Moisés da Silva tornou-se tão grande que o afastou dos militares colegas de farda. Fundamentais durante a campanha de 2018, os oficiais da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros Militar deixaram de figurar entre os apoiadores do chefe do Executivo. Com a sombra do afastamento cada vez mais perto no processo de impeachment, Moisés busca se reaproximar dos colegas. As tentativas se intensificaram nas últimas horas e um encontro foi marcado entre o governador e oficiais para a tarde desta quarta-feira.
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Moisés perde apoio entre coronéis colegas de farda
Foram procurados alguns dos principais nomes que passaram por cargos de comando da corporação, além de entidades representativas da classe como a Acors (estadual) e Feneme (oficiais). Entre os convidados para o encontro desta quarta-feira o gesto é visto como uma tentativa de resgate do apoio, mas também é considerado um gesto tardio.
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Na semana passada, antes da votação do processo do impeachment na Alesc houve um pequeno movimento nos bastidores por parte de poucos oficiais que defenderam a permanência de Moisés. Mas o ato se deu muito mais por críticas ao presidente da Assembleia, o deputado Julio Garcia, que assume o governo em caso do afastamento, do que por apoio ao governador colega de farda, muito criticado pela categoria.
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O colega de farda que saiu em defesa de Moisés e seu governo
As reclamações dos militares ocorrem em diferentes níveis. Desde os praças (soldados, sargentos e subtenentes) até os nomes do alto escalão como os coronéis. Eles reclamam de falta de diálogo e de atenção com os pleitos do grupo. Por isso é que nas últimas semanas pouco se viu por parte de militares publicamente contra o impeachment.
Atualização:
O encontro citado no texto acima dentre Moisés e oficiais militares ocorreu na Casa D’Agronômica, durante a tarde. Ao final do encontro, os representantes das entidades da categoria e coronéis da reserva assinaram um documento de apoio ao governador contra o processo de impeachment.